O Jogo

Uma segunda oportunida­de

Após a derrota (1-3) na Ucrânia, Portugal joga, novamente para não descer, na receção à África do Sul

- MANUEL PEREZ

A Seleção Nacional tem 33 dias para carpir mágoas do desaire na Taça Davis. A 19 e 20 do próximo mês, encara uma segunda e última possibilid­ade de se manter no Grupo 1, ante a desfalcada equipa da África do Sul

Chegou ontem ao fim a semana em que o ténis português recolheu o maior mediatismo internacio­nal da sua história, pelo simples facto, recorde-se, de o árbitro Carlos Ramos ter seguido à risca as regras, numa final do US Open em que Serena Williams esteve a um passo da desqualifi­cação. Ontem, também chegou ao fim a eliminatór­ia da Taça Davis, em Bucha, na Ucrânia, em que Portugal tentou, sem êxito, garantir antecipada­mente a permanênci­a na segunda divisão da Taça Davis. A derrota, por 1-3, só não se revela fatal porque a nossa Seleção tem uma (rara) nova oportunida­de de lutar para não descer. Será em casa, num court de terra batida, em local a definir, nos dias 19 e 20 de outubro, com a África do Sul – sem Kevin Anderson (9.º ATP), que riscou a Taça Davis da sua programaçã­o há sete anos.

Após um triunfo para cada lado nos singulares da véspera, o encontro de pares abriu a derradeira jornada, tendo João Sousa (48.º na variante) e Gastão Elias (408.º) perdido frente a Sergiy Stakhovsky (210.º) e Denys Molchanov (77.º), por 4-6, 6-3 e 7-6 (7/5). Uma contenda marcada pelo equilíbrio (95-95 em pontos, 16-16 em jogos e 4-4 em breaks convertido­s), em que a dupla portuguesa teve serviço a favor, no 5-4, para vencer.

Este resultado criou natural apreensão/pressão na equipa dirigida por Nuno Marques e no encontro que opôs os tenistas número um de cada país, João Sousa (49.º em singulares) cedeu face a Stakhovsky (142.º), por 4-6, 6-3 e 6-7 (5/7). O vimaranens­e não teve a fortuna do seu lado, enquanto o adversário deu asas ao estado de graça trazido do par e, aos 32 anos, volta ser o “salvador” da seleção azul e amarela.

“Após o par, senti-me algo desgastado mentalment­e no singular”

João Sousa

Número 1 português

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João Sousa e Gastão Elias perderam quinto encontro de pares seguido na Taça Davis

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