O Jogo

“Nem foi difícil fazer um golo a Casillas...”

- Ex-jogador de FC Porto, Benfica e V. Guimarães 3 QUESTÕES A ZLATKO ZAHOVIC

1 Esteve no primeiro jogo de Iker Casillas na Liga dos Campeões. O que recorda dele? —A sério? Foi naquele 3-3 entre o Olympiacos e o Real Madrid, não foi? Já me lembro. O Casillas era muito novinho, devia ter uns 17 ou 18 anos, mas não deu grandes sinais de nervosismo. E o ambiente no estádio olímpico não era nada fácil. Fiz-lhe um golo, mas isso não foi difícil [risos]. Recolhi uma bola que veio por alto e, como tinha o Redondo junto a mim, vireime para a baliza e rematei junto ao poste. Foi um grande golo. Nem o Casillas de agora conseguiri­a fazer alguma coisa [risos]. 2 Imaginava que aquele jovem fosse construir uma carreira como a atual e tornar-se no jogador com mais participaç­ões na competição? —Quando se chega a titular da baliza do Real Madrid com aquela idade, é porque se tem qualidade. Não era difícil prever este sucesso, mas a verdade é que ele teve de demonstrar sempre trabalho ao longo dos anos. Para mim, é um dos melhores de sempre. Ele e o Vítor Baía. 3 A mudança para o futebol português e a continuida­de da carreira ao mais alto nível com 37 anos surpreende-o? —Não. Até é bastante agradável ver um lenda como ele no futebol português. Está numa equipa com o estatuto dele; uma equipa grande. Normalment­e, pede-se aos guarda-redes do FC Porto que resolvam quando são chamados, porque na maior parte do tempo não são obrigados a muito trabalho, e ele resolve. Infelizmen­te nunca tive a possibilid­ade de trocar a camisola com ele. E oportunida­des não me faltaram, porque também joguei contra ele pela Eslovénia, pelo Valência e pelo Benfica. Até lhe marquei pelo Benfica. Nesse aspeto não se pode dizer que tenha grandes recordaçõe­s de mim [risos].

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