Vantagem desperdiçada
O Nacional esteve a vencer por 3-0 graças a uma entrada decidida, mas o acumular de erros defensivos, especialmente na segunda parte, permitiu a recuperação do V. Setúbal
Os insulares sofreram sete golos nos últimos dois jogos e as debilidades defensivas são evidentes. Também o V. Setúbal revelou muitos problemas no sector mais recuado
Desalento na Choupana, entusiasmo em Setúbal. Depois de ter estado a ganhar por 3-0, graças a uma meia hora de grande espetáculo, o Nacional permitiu que oV.Setúbalcon seguisse empatar na Choupana. A equipa de Costinha teve uma primeira parte quase perfeitae aos 34 minutos já vencia por 3-0, com os adeptos a festejarem nas bancadas, certos de que a vitória estava garantida. Os insulares eram rápidos e afoitos no contra-ataque e pressionavam alto a saída de bola dos sadinos, que se mostravam lentos e demorados na fase de construção. Gorré, que se estreou a titular pelos madeirenses, mostrava técnica e velocidade, servindo Witi, aos 11 minutos, para um golo fantástico numa jogada toda ela estupenda. Quatro minutos mais tarde, esta dupla voltou a mostrar a sua inspiração, com o extremo moçambicano a bisar ao segundo poste após passe do extremo. Um golo que foi dedicado a Costinha.
O V. Setúbal respondia com dificuldade, mas mesmo assim dispôs de uma boa oportunidade para reduzir: Decas perdeu a bola para Zequinha e o extremo rematou; Mendy e Berto não conseguiram o desvio. Noutro lance de ataque, aos 22’, Berto reclamou falta para penálti cometida por Arthur, mas o árbitro Tiago Martins não viu qualquer infração e marcou canto. O Nacional continuava a carregar e chegaria ao terceiro golo, num cabeceamento de Okacha a finalizar cruzamento de Vítor Gonçalves. Insatisfeito com o resultado, Vidigal trocou Zequinha e Rúben Micael por Alex e Nuno Valente. A substituição trouxe resultados imediatos, pois Alex aproveitou a lentidão de Felipe Lopes para recuperara bola e servir Cascardo, que assistiu Mendyp ara o 3-1.
A segunda parte teve um cariz completamente diferente, como V. Setúbal a encetara recuperação, que começou cedo, numa jogada individual de Berto. O extremo dos sadinos passou por toda a defesa e finalizou com qualidade. Apesar do golo, o Vitória baixou as linhas e tentou apenas jogar no contra-ataque. Na sequência de um canto, Allef, acabadinho de entrar, igualou a partida num golpe de cabeça que contou com a apatia da defesa alvinegra, muito lenta a afastar a bola.