EXIBIÇÕES DE BOAS VINDAS
PRIMEIRO JOGO DA ERA VARANDAS TEVE ASSINATURAS DE AUTOR POR RAPHINHA E BRUNO FERNANDES \\ Tribunal unânime: golo mal anulado aos madeirenses \\ José Peseiro: “O presidente não nos pediu o título”
Qualidade individual dos leões fez a diferença frente a um Marítimo que revelou debilidades no corredor central. Alguns fogachos ofensivos e Correa mostrou-se. Peseiro estreou Gudelj e Diaby
Entrou a ganhar na edição 2018/19 o detentor do título, ainda que a vontade de andar tenha sido quase sempre es- cassa entre os comandados de José Peseiro. Foi preciso dois toques na ignição de duas das principais figuras leoninas no presente início de temporada para que os três pontos ficassem em Alvalade – no primeiro duelo como novo presidente, Frederico Varandas viu disputa na bancada rodeado de ex-rivais eleitorais –, mérito, primeiro, para o inconformado Raphinha, e, segundo, para Bruno Fernandes.
Pastelão, o futebol dos da casa, sem intensidade, previsívelna definição dos momentos ofensivos, mesmo perante o natural domínio territorial, nos primeiros 25 minutos, em que só Raphinha, com diabruras constantes da direita para o centro, soube contrariar. Não espantou que tivesse sido ele o autor das primeiras quatro ameaças aos insulares e que dos seus pés tivesse saído o golo que abriu as hostilidades, frente a um Marítimo dotado nos corredores, mas curtinho no corredor central, entre defesas e dupla de médios. Mesmo assim, os homens de Cláudio Braga chegaram-se à frente e ameaçaram.
O mote da etapa complementar foi dado pela maior intencionalidade ofensiva dos forasteiros, com Danny – regressado a uma casa que foi sua – a definir tempos de ataque, mesmo jogando de cadeirinha. Jovane, porém, sacudiu os centrais contrários aos 52’, sofreu toque de Zainadine e Lucas Áfrico – mais tarde expulso por uma inqualificável entrada sobre Wendel – e ganhou o penálti convertido por Bruno Fernandes. Este enquadrou as ideias e nem o golo dos insulares dois minutos depois, expondo as debilidades defensivas dos homens de Peseiro –continuam a permitir diversas transições ofensivas do rival sem capacidade depressão, com evidentes dificuldades da dupla de médios mais recuados, que deixa com frequência desguarnecida a frente dos centrais –, tirou o gás a Bruno Fernandes. O internacional português, ontem feito capitão sem Nani, esticou com qualidade, deu um safanão no jogo com uma penetração entre o bloco contrário e desferiu o golpe fatal.
Arrumada a questão, o Marítimo esperneou com o seu Danny e ainda viu Correa – mostrou qualidade para outros palcos – forçar Salin à defesa da noite. Peseiro acabou a estrear Gudelj, que pode atenuar um sector deficitário de rigor, e Diaby, este com encaixe mais difícil de se concretizar.