O Jogo

À BEIRA DO PÓDIO DAS DERROTAS

Com oito desaires seguidos, as águias podem, em caso de novo percalço com o AEK, igualar Rapid Viena e Marselha no terceiro lugar dos piores registos na prova O Benfica vai, fruto da vitória do Bayern Munique na passada quarta-feira na Luz, com o dobro d

- MARCO GONÇALVES

Rui Vitória fez questão de desvaloriz­ar a campanha de 2017/18 e o peso de novo desafio a perder, mas nas quatro ocasiões em que entrou da mesma forma na competição, nunca o Benfica seguiu em frente

Com o desaire ante o Bayern Munique a abrir a campanha 2018/19 da Liga dos Campeões, o Benfica soma agora oito derrotas consecutiv­as na prova, ficando cada vez mais perto dos principais recordes absolutos negativos da competição. A próxima jornada, com o AEK Atenas, na Grécia, será importante para as águias conseguire­m alimentar as aspirações de seguir em frente na prova, algo que pode ficar ameaçado em caso de novo desaire, desfecho esse que levaria o Benfica para o pódio das piores séries de derrotas da Champions, liderado pelo Anderlecht, com 12 partidas seguidas a ver os adversário­s vencerem, seguido por Dínamo Zagreb (11 desaires, registo alcançado duas vezes) e Marselha e Rapid Viena, ambos com nove jogos consecutiv­os a perder.

Depois da boa entrada na prova, com presenças nos “quartos” e oitavos de final em 2015/16 e 2016/17, respetivam­ente, Rui Vitória não tem conseguido encontrar solução para quebrar uma série negativa iniciada com os 4-0 sofridos em Dortmund, na segunda mão dos “oitavos” de 2016/17. Com oito desaires consecutiv­os, quatro deles no seu próprio reduto, algo que também nunca se tinha verificado nas provas europeias, o Benfica deixa assim ainda mais para trás os restantes piores registos de equipas portuguesa­s na Champions, tabela na qual Sporting e Braga, com quatro jogos a perder, são quem está mais próximo – o FC Porto tem cinco séries de

O clube da Luz está em branco há seis jogos e ficou pelo terceiro ano consecutiv­o sem vencer o primeiro encontro na Champions, algo inédito

três derrotas e o Boavista esteve apenas dois jogos a perder.

Em branco pelo sexto jogo consecutiv­o na Liga dos Campeões, algo que ainda não se tinha verificado com uma equipa lusa (o Benfica tinha já uma série de cinco jogos sem marcar, tal como o FC Porto), a turma comandada por Rui Vitória atingiu na passada quarta-feira, diante do Bayern Munique, um novo recorde negativo, pois este foi o terceiro ano consecutiv­o sem vencer o primeiro jogo na Liga dos Campeões. No final do embate com os bávaros, o técnico encarnado fez questão de desvaloriz­ar a campanha desastrosa da época

passada, recusando ainda que o novo desaire possa ter peso no futuro das águias na competição – “Agora faltam cinco jogos e vamos disputar o apuramento. São equipas de valor e o Bayern é o mais forte do grupo. Vamos trabalhar para passar à próxima fase. Vamos lutar com todas as forças”, atirou –, mas a verdade é que as águias ficaram sempre pela fase de grupos quando entraram a perder, algo que sucedeu anteriorme­nteemquatr­oocasiões: em 1998/99 com o Kaiserslau­tern; em 2007/08 com o Milan; em 2014/15 ante o Zenit; e, já na época passada, frente ao CSKA Moscovo.

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