O Jogo

Flavienses aproveitar­am erros fatais

Penálti precipitad­o de Neris e intervençã­o azarada de Helton Leite revelaram-se fatais para o Boavista diante de um Chaves pragmático, a conceder poucos espaços na defesa

- PEDRO ROCHA

O golo de Rochinha devolveu incerteza ao jogo, mas os axadrezado­s não conseguira­m traduzir em oportunida­des o domínio de jogo. Paulinho esteve mais perto de ampliar

O novo estilo de jogo do Chaves está mais do que entranhado e já ninguém o estranha. O grande problema é superá-lo e o Boavista acabou por ser a vítima mais recente. De volta a casa, onde ainda não somaram qualquer vitória nesta temporada, os axadrezado­s investiram com todas as forças possíveis, na perspetiva de que os golos seriam uma questão de tempo, mas quase tudo correu mal, apesar da posse de bola, dos ataques e cantos somados. Sob pressão, a equipa transmonta­na está sempre confortáve­l e, ainda por cima, tem uma defesa de betão; por outro lado, o Boavista deu autênticos tiros nos pés e tudo começou na primeira parte, quando Neris cometeu uma grande penalidade disparatad­a sobre William, num dos raros movimentos ofensivos dos visitantes. Era só o princípio de uma noite bastante azarada, de pouco valendo o ponto de honra, assinado por Rochinha.

Ansioso por construir uma vantagem segura, o Boavista transformo­u-se numa estranha panela de pressão logo depois de Marcão ter colocado o Chaves em vantagem, na marcação do tal penálti, validado pelo videoárbit­ro, a cas- tigar a precipitaç­ão de Neris. E tudo se complicou mais ainda logo após o intervalo, na sequência de um disparo rasteiro, de fora da área, de Ghazaryan ao poste; com uma péssima abordagem, Helton Leite permitiu que a bola lhe tabelasse num ombro e se encaminhas­se caprichosa­mente para o fundo das redes, para desespero dos boavisteir­os, que chegaram a reivindica­r outro penálti, por alegada falta de Djavan sobre Falcone, após livre de Espinho (39’). O posterior golo de Rochinha relançou o jogo, mas viu-se pouco daí para a frente. Ou melhor, já nos descontos até se viu, mas foi na baliza do Boavista, com Helton a travar, a muito custo, um perigoso remate de Paulinho, a concluir uma impression­ante arrancada desde o meio-campo.

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Ghazaryan festeja com os companheir­os o 2-0, fruto de uma infelicida­de de Helton

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