Flavienses aproveitaram erros fatais
Penálti precipitado de Neris e intervenção azarada de Helton Leite revelaram-se fatais para o Boavista diante de um Chaves pragmático, a conceder poucos espaços na defesa
O golo de Rochinha devolveu incerteza ao jogo, mas os axadrezados não conseguiram traduzir em oportunidades o domínio de jogo. Paulinho esteve mais perto de ampliar
O novo estilo de jogo do Chaves está mais do que entranhado e já ninguém o estranha. O grande problema é superá-lo e o Boavista acabou por ser a vítima mais recente. De volta a casa, onde ainda não somaram qualquer vitória nesta temporada, os axadrezados investiram com todas as forças possíveis, na perspetiva de que os golos seriam uma questão de tempo, mas quase tudo correu mal, apesar da posse de bola, dos ataques e cantos somados. Sob pressão, a equipa transmontana está sempre confortável e, ainda por cima, tem uma defesa de betão; por outro lado, o Boavista deu autênticos tiros nos pés e tudo começou na primeira parte, quando Neris cometeu uma grande penalidade disparatada sobre William, num dos raros movimentos ofensivos dos visitantes. Era só o princípio de uma noite bastante azarada, de pouco valendo o ponto de honra, assinado por Rochinha.
Ansioso por construir uma vantagem segura, o Boavista transformou-se numa estranha panela de pressão logo depois de Marcão ter colocado o Chaves em vantagem, na marcação do tal penálti, validado pelo videoárbitro, a cas- tigar a precipitação de Neris. E tudo se complicou mais ainda logo após o intervalo, na sequência de um disparo rasteiro, de fora da área, de Ghazaryan ao poste; com uma péssima abordagem, Helton Leite permitiu que a bola lhe tabelasse num ombro e se encaminhasse caprichosamente para o fundo das redes, para desespero dos boavisteiros, que chegaram a reivindicar outro penálti, por alegada falta de Djavan sobre Falcone, após livre de Espinho (39’). O posterior golo de Rochinha relançou o jogo, mas viu-se pouco daí para a frente. Ou melhor, já nos descontos até se viu, mas foi na baliza do Boavista, com Helton a travar, a muito custo, um perigoso remate de Paulinho, a concluir uma impressionante arrancada desde o meio-campo.