Defesa procura fechar a porta
ANÁLISE Oito golos sofridos nos sete primeiros jogos oficiais são o pior registo das últimas 16 épocas
A lesão de Mbemba e a chegada tardia de Militão condicionaram as opções do treinador. Na época passada, no mesmo período, o FC Porto tinha sofrido apenas metade dos golos (4)
Um dos problemas que vêm afetando o FC Porto tem sido a permeabilidade defensiva patente em quase todos os jogos, ao ponto de os azuis e brancos somarem atualmente oito golos sofridos nos sete primeiros encontro oficiais da temporada, o equivalente a uma média superior a um golo por jogo (1,14). O registo é tão negativo que é preciso recuar até à época 2001/02 para se encontrar pior em igual período (nove). Arranques tão maus como o atual – oito golos sofridos em sete encontros – também só se verificaram em 2008/09 e 2005/06. Nas restantes épocas de 2001/02 para cá, a defesa encaixou sempre menos do que um golo por jogo.
Olhando para aquilo que têm sido as opções de Sérgio Conceição nestes sete encontros iniciais da temporada, o treinador foi prejudicado pelo facto de Mbemba se ter lesionado ao segundo treino e de, com isso, ter atrasado a sua integração/preparação para disputar um lugar no eixo. Na mesma linha de condicionantes, recorde-se, surge a contratação tardia de Éder Militão, que levou a que o brasileiro só tivesse entrado no onze ao quinto jogo oficial, contra o Moreirense. Até ao encontro com os minhotos, Sérgio Conceição viu-se quase limitado a um quarteto – Maxi, Felipe, Diogo Leite e Alex Telles – que repetiu nos quatro jogos iniciais da temporada, período em que sofreu seis golos.
Comparado com o mesmo período da temporada passada, que conduziu o FC Porto ao título, a verdade é que com Marcano e Ricardo Pereira na defesa e com bastantes menos condicionantes do que aquelas que encontraram esta temporada, os azuis e brancos somavam metade (4) dos golos sofridos na corrente época.