“A ESTRATÉGIA FOI FUNDAMENTAL”
Selecionador nacional de futebol de praia gostava de ver repetido o triunfo de 1983, mas lembra que o FC Porto é um adversário difícil de bater
“Como vitoriano, se o Vitória conseguir um ponto ficarei feliz”
Mário Narciso
Treinador
Mário Narciso fez parte da última equipa que venceu o Porto no Bonfim. A O JOGO, o treinador setubalense lembrou o duelo de 1983 e antevê um encontro difícil para os sadinos esta noite
Há 35 anos, os adeptos do V. Setúbal festejaram o último triunfo caseiro frente ao FC Porto, com golos de Cerdeira, José da Silva e Nascimento. MárioNarciso,atualselecionador nacional de futebol de praia, foi um dos jogadores sadinos que atuaram nessa partida e lembra um duelo intenso. “Comecei no banco, mas entrei minutos depois para o lugar do Formosinho e fiquei frente a frente com o Frasco. Há 35 anos, a estratégia foi fundamental, porque já nessa época o FC Porto era uma grande equipa. Tive grandes treinadores, como o Pedroto ou o Fernando Vaz, mas o Manuel de Oliveira era um génio”, recordou Mário Narciso.
Desde esse dia, o V. Setúbal só venceu os dragões em mais uma ocasião, triunfando por 1-0 no antigo Estádio das Antas, em 1989. “Naqueles tempos jogava-se mais de peito aberto e as equipas iam para a frente com intenção de marcar golos. Hoje só não querem perder e há momentos para atacar e para defender, o que antes não existia. Em termos de futebol bonito, talvez antigamente fosse mais agradável”, acrescentou o selecionador nacional de futebol de praia.
Além de orientar a Seleção nos areais, Mário Narciso trabalha para o V. Setúbal no sector das cobranças aos sócios. “É algo que faço um pouco por carolice e por querer seguir as pisadas do meu pai, que trabalhou 50 anos para este clube. Além disso, permite-me ter tempo para as minhas funções na FPF”, acrescentou.
Hoje, 35 anos depois da última vitória, Mário Narciso espera que os sadinos consigam um bom resultado, mas admite dificuldades. “Estamos no início da época e temos matéria-prima para evitar o sofrimento do ano passado, mas o FC Porto é uma equipa extraordinária, muito difícil de bater e treinada por um dos grandes treinadores desta geração. Como vitoriano, admito que se o meu Vitória conseguir um ponto, já ficarei feliz”, afirmou.