“NÃO PODE VALER TUDO”
Joaquim Evangelista teceu duras críticas à nova administração da SAD por ter dispensado o treinador e quase todo o plantel. E apelou à intervenção da FPF, Estado e ACT O Sindicato dos Jogadores apoia o recurso às vias legais e denuncia o quadro laboral: n
O Sindicato dos Jogadores condenou e denunciou a nova administração da SAD da AD Oliveirense, que dispensou praticamente todo o plantel e o treinador Tonau. Ao lado do técnico e de nove dos 18 futebolistas que ficaram desempregados, Joaquim Evangelista teceu duras críticas e deixou apelos. “O plantel foi objet ode um abuso de um atropelo ”, começou por dizer o presidente do Sindicato, que vai apoiar os jogadores no recurso aos tribunais. “No Campeonato de Portugal af isca lizaçãoé diminuída. Vamos exigir responsabilidades e transparência a este tipo de pessoas que achaque pode doem no medo negócio ”, vincou Evangelista, denunciando a incoerência entre sociedades desportiva se a ausência de contratos profissionais :“NaIe II Liga os jogadores têm obrigatoriamente que ter contrato de trabalho, nas demais divisões isso não é obrigatório.” No CdP há jogadores com contratos formalmente registados, outros com contratos sem registo com acordo verbal entre as partes, e outros que têm apenas um vínculo de cariz amador. “Não
Com a equipa maioritariamente composta por juniores, a AD Oliveirense perdeu 10-0 no último jogo
fazem contrato profissional para fugir aos impostos e à Segurança Social, para ter o jogador na mão. Como é que uma SAD, que pressupõe um certo nível de profissionalismo, usa estes argumentos?”, apontou.
Neste sentido, Evangelista apelou à ação. “Vamos dar conhecimento à FPF e à tutela, vamos insistir com a inspeção do trabalho para que fiscalize a elaboração destes contratos e vamos pedir à Assembleia da República que exija o escrutínio destes investidores estrangeiros que chegam ao futebol português. Temos de saber quem são e o que pretendem de forma clara”, vincou o dirigente sindical.
Fernando Neves, antigo capitão da AD Oliveirense, deu conta da curta explicação dada pela SAD, agora liderada por Sebástian Fernández: “Ao fim de quatro jogos dispensaram 100 por cento do plantel e depois chegaram a acordo com dois ou três jogadores. Disseram que queriam fazer um clube trampolim e que não fazíamos parte do projeto.”