Modric vence The Best
Croata recebeu 29.05% dos votos e bateu Ronaldo e Salah
A distinção da FIFA recompensou sobretudo o desempenho pela seleção croata no campeonato mundial, uma vez que, no Real Madrid, o CR7 terá estado em maior realce do que o centrocampista
Luka Modric interrom
bbb peu ontem a bipolaridade Messi/Ronaldo que tem dominado o futebol mundial, ao
conquistar o prémio da FIFA para melhor jogador do planeta durante a época de
2017/18 – a contar desde o primeiro dia em que houve provas oficiais até 15 de julho, data em que foi disputada a final do último campeonato do mundo.
Com 29 por cento dos votos, contra 19 de Cristiano Ronaldo,queficouemsegundo,ModricviurecompensadooMundial que realizou, ao conduzir a Croácia a uma final perdida frente à França, por 4-2. Se Ronaldo foi a principal figura da Champions, que Modric também ganhou pelo Real Madrid, este último teve maior destaque no Mundial, obtendo, aliás, o título de melhor jogador da competição.
Em 2008, depois de Kaká ter vencido o prémio FIFA do ano anterior, Ronaldo iniciava uma década em que repartiu com Messi praticamente todas as distinções individuais de relevo. Cinco para cada um é o balanço de prémios FIFA, com igualdade plena, portanto. Na comparação com Messi, porém, Ronaldo continua na frente, uma vez que, entre todos os prémios de melhor da época (ou do ano civil) da FIFA, UEFA e Bola de Ouro, vence agora por 11-8. Aos 33 anos, Modric já não vai a tempo de ameaçar a dimensão histórica dos dois craques citados. Alcançou, contudo, o reconhecimento da sua forma de jogar, inegavelmente atrativa para a maioria dos adeptos. Estes, aliás, tiveram 25 por cento de responsabilidade na eleição, a par de outros 25 por cento para a votação online no site da FIFA (uma pessoa, um voto) e idêntica percentagem para os selecionadores e para os capitães de equipa de quase todas as seleções mundiais.
Nascido em 1985 na ex-Jugoslávia, Modric vivia na casa do avô paterno quando, aos seis anos, a família foi obrigada a fugir na sequência da eclosão da guerra. O avô seria executado pelos rebeldes sérvios e o próprio pai combateu pelas forças croatas. Depois, a família tornou-se refugiada e ele viveu sete anos num hotel de uma cidade em que as bombas caíam constantemente. O futebol foi um refúgio. “Obrigado à minha família. Sem ela não seria o jogador que sou hoje”, afirmou Modric depois de receber o prémio e de agradecer à seleção croata de 1998, deixando Boban a chorar.
“Modric é o melhor jogador da minha equipa e também do mundo. Merece este prémio”
Zlatko Dalic
Selecionador da Croácia
“É bom para o futebol que, este ano, o prémio tenha sido dado ao Modric”
Davor Suker
Antigo jogador da Croácia
“É uma falta de respeito que Messi e Ronaldo não tenham vindo. É preciso saber perder”
Fabio Capello
Ex-selecionador russo e inglês
“Este prémio não é só meu. É também dos meus companheiros
do Real Madrid, da seleção croata
e de todos os treinadores que
tive até hoje”
Luka Modric
Croácia/Real Madrid