Sem Europa mas com muita garra
O Valongo, fora da Taça WSEurope por motivos financeiros, só quer repetir o quinto posto e voltar a lutar pela Taça
Valongo em pré-época sem o guarda-redes Bernardo Mendes, que esteve no Europeu sub-20 O campeão de 2014 entrou na pré-época há cinco semanas. Prepara agora a Elite Cup (28 a 30), último torneio antes do campeonato e está pronto para os jogos a doer. O primeiro é com o Marinhense
O Valongo, campeão nacional em 2013/14, terminou a última época em quinto, atrás das quatro equipas que lutaram pelo título. Este ano, com três reforços (regressos de Nuno Araújo e João Souto e aposta em Gonçalo Pinto, campeão italiano pelo Lodi), a equipa, dirigida por Miguel Viterbo, quer a mesma classificação de 2017/18 e voltar a apurar-se para a final-four da Taça de Portugal. “Repetir o que fizemos no ano passado seria positivo: ser o primeiro dos nãocandidatos e estar na decisão final da Taça, sabendo que o sorteio tem influência”, referiu Miguel Viterbo que não disputará a Taça WS Europe (ex-Taça CERS) por motivos financeiros. “Tenho pena, mas compreendo. Gostávamos de lá estar, até porque temos um plantel que pode ter ambições”, acrescentou o técnico que lamenta a falta de apoio: “Se calhar, a autarquia podia criar condições, mas é a política do executivo; podemos não concordar, mas temos de aceitar.”
Com três reforços, o Valongo, com nove jogadores (o 10.º sairá dos juniores a cada jornada, “suprimiu bem as saídas” e Araújo, Souto e Gonçalo Pintoestão“emadaptação”numa pré-época que tem deixado o treinador “satisfeito”. “Gosto da entrega, ambição e sinto aquela ansiedade por começar; falta-nos a pressão competitiva”, sublinha Viterbo com saudadesdosgrandesambientes. O primeiro adversário, a 6 de outubro, é o Marinhense, promovido à I Divisão, que na pré-época bateu (nos penáltis) o Benfica (Torneio Eurocidade, em Valença) e que Viterbo considera ser um adversário que “não queria na primeira jornada”: “Conhecemo-los da Taça e, na altura, disse que tínhamos de ser o melhor Valongo para ganhar. A vitória deles frente ao Benfica reforça o alerta não só para o Valongo, mas para todos.”
O campeonato, agora com sorteio puro, agrada ao técnico, que, no entanto, “preferia play-off à melhor de cinco e à melhor de sete na final”, encarando a forte presença de estrangeiros (25) com naturalidade – “Se têm qualidade, nada contra”, afirma – e olhando para algumas alterações às regras com agrado (powerplay) e outras nem tanto, defendendo: “Quando se marca falta de equipa o jogo não devia parar, a advertência devia serassinaladacomcartãoamarelo para facilitar o entendimento do jogo, e os time-out deviam ser geridos como o treinador quisesse ao longo de 50 minutos.” “Se fizermos o mesmo que no ano passado será positivo” “Gostávamos de estar na Europa, porque temos um plantel que pode ter ambições” “Estamos com ansiedade de começar. Falta-nos a pressão competitiva” Miguel Viterbo