Luís Castro assume erros defensivos
Treinador assume a responsabilidade pelo rendimento irregular da equipa e deseja uma maior consistência na retaguarda
Luís Castro admite que a renovação do plantel, com muitas contratações, pode estar a impedir a equipa de encontrar o rumo certo. São esperadas mais alterações no onze para a receção ao Vitória sadino
O Vitória voltou a perder depois de dois triunfos consecutivos e o rendimento apresentado em Portimão deixou muito a desejar. Luís Castro falou abertamente do tema, assumiu todas as responsabilidades pelo que tem acontecido e projetou uma viragem da situação no duelo com o homónimo de Setúbal, amanhã. “Analisámos de forma exaustiva o jogo em Portimão e chegámos rapidamente à conclusão que fomos afetados pelos erros defensivos; a equipa nunca se estabilizou a esse nível. Uma equipa como a nossa, que consegue marcar sete golos fora de casa, não pode ter apenas três pontos como visitante. O processo defensivo tem de ser mais consistente”, pediu o treinador do Vitória.
Detetado o problema, Luís Castro avança com algumas explicações para o sucedido. “Não é por falta de trabalho que não invertemos a situação... Talvez ter tantos jogadores novos no plantel provoque estes desajustamentos. Assumo toda a responsabilidade pelo que tem acontecido”, afirmou o treinador, admitindo que “a falta de dinâmicas e de conhecimento mais profundo entre os jogadores” também pode interferir no processo. “Ainda não encontramos o caminho que nos leve ao sucesso e esperamos que chegue sem nos perturbar. Urge encontrarmos a regularidade. Quando isso não acontece, a responsabilidade maior recai sobre a figura do treinador”.
A irregularidade das exibições e dos resultados tem levado o treinador a fazer alterações no onze vitoriano “com o objetivo de tornar a equipa mais consistente”, ainda que sem grandes consequências práticas. “Isso também vai acontecer [frente ao V. Setúbal]; é natural que haja alterações”, sublinhou Luís Castro, antes de explicar a razão de ter colocado Tozé e João Teixeira nas alas no jogo com o Portimonense.“Tentámostermais tempo de bola, e retirar essa qualidade ao adversário, com jogadores fortes nesse aspeto. Não surtiu efeito, emendei ao intervalo e a situação melhorou”. Quanto ao jejum de golos dos pontas de lança, Castro voltou a chamar a si toda a responsabilidade pela situação.
“Uma equipa que marca sete golos fora não pode ter só três pontos...”
Luís Castro
Treinador do V. Guimarães