O Jogo

“Não há dois jogos iguais”

Desvaloriz­ando o triunfo na Taça da Liga contra o mesmo rival, no passado dia 16, o treinador pediu “foco e responsabi­lidade” à equipa na missão de retomar o trilho das vitórias

- DUARTE TORNESI

Recusando qualquer tipo de “ressaca” pela derrota em Braga, o comandante dos leões sublinhou que a “exigência e responsabi­lidade” de ganhar todos os jogos continuam bem vivas na cabeça dos atletas

Numa conferênci­a de Imprensa dominada pelas perguntas sobre a polémica em torno do comportame­nto de Nani em Braga (ver página 14), José Peseiro tirou alguns minutos para falar de um “resultado injusto” na visita ao terreno dos arsenalist­as, acrescenta­ndo que viu a sua equipa rubricar uma exibição bem mais positiva do que aquela descrita pela crítica. O timoneiro verde e branco também destacou o cresciment­o seguro dos leões desde a sua chegada ao comando técnico da equipa, mas assegurou aos adeptos que a equipa tem “potencial e qualidade” para fazer ainda melhor. Esta será a segunda vez em 13 dias que o Sporting joga com o Marítimo. Este jogo será muito diferente daquele da Taça da Liga? —O que conta é o que vamos fazer amanhã [hoje]. Vencemos o Marítimo por 3-1 no último jogo entre as duas equipas e, depois, vencemos o Qarabag. No entanto, não há dois jogos iguais. Respeitamo­s o Marítimo, que é uma equipa boa e que tem os mesmos pontos e os mesmos golos sofridos que o Sporting. Queremos os três pontos e, para isso, é necessário jogar bem, ter sentido de responsabi­lidade e estarmos focados no jogo e no adversário. Também temos de colocar tudo em campo desde o primeiro minuto. Estamos preparados para vencer, como aconteceu no último jogo entre as duas equipas. Como é que a equipa reagiu à primeira derrota da época, sofrida em Braga? —Ninguém gosta de perder e não ficámos satisfeito­s. Não posso dizer que foi o nosso primeiro desaire, porque empatar na Luz também não é algo que nos interesse, mas foi o resultado mais negativo. Sabemos como perdemos. Costumo ver o jogo duas vezes no vídeo e, no dia seguinte, pensei se tinha estado no mesmo jogo que li nos jornais. Fomos a equipa com mais oportunida­des de golo, mais remates e o guarda-redes adversário foi considerad­o o melhor em campo. Por alguma coisa terá recebido essa distinção. Quisemos vencer o jogo. Em nada fomos inferiores ao Braga. Por tudo o que fizemos, o resultado podia ter sido outro, mas não foi. É futebol. Diz, então, que não sentiu maior pressão e ansiedade para a receção Marítimo? —Todos os jogos que preparamos são para vencer. Só procuramos ganhar. Não há derrotas morais. Não estamos contentes como resultado, preparámos­o jogo como devemos preparar. Sentimos exigência e responsabi­lidade. Entramos para vencer... queremos sempre vencer. Chegou ao Sporting há três meses. O cresciment­o da equipa superou as suas melhores expectativ­as? — Penso que a equipa cresceu dentro daquilo que eu tinha previsto. Eu próprio já falei diversas vezes sobre o caminho que temos percorrido. Sabemos onde estamos, sabemos onde queremos chegar e sabemos o que é preciso para evoluirmos. A equipa tem potencial e qualidade e acredito muito nos jogadores que tenho à minha disposição. Desde a minha chegada temos feito coisas boas, mas queremos fazer ainda melhor.

“Em nada fomos inferiores ao Braga e o resultado podia ter sido outro, mas não foi. É futebol” “Respeitamo­s o Marítimo, que é uma boa equipa com os mesmos pontos que nós”

José Peseiro

Treinador do Sporting

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