Triunfo fugiu depois dos 90’
Num canto “oferecido”, a equipa sadina empatou nos descontos por Nuno Valente. Minhotos não mereciam este desfecho
Tozé esteve em bom plano, ao comandar as operações e a oferecer um bom golo a Osorio, que se estreou a marcar. Douglas e Sacko estiveram na génese do empate sadino
Naquela que foi a exibição mais bem conseguida da época, à exceção do que se passou na segunda parte do jogo no Dragão, o V. Guimarães deixou fugir o triunfo já nos descontos e de forma algo caricata, proporcionando um grande golo a Nuno Valente, o último suplente lançado por Lito Vidigal. Um balde de água gelada em Guimarães e a certeza de que ainda não foi desta que Luís Castro aliviou a pressão. A equipa setubalense voltou aos empates, o terceiro da época, muito festejado, dadas as circunstâncias.
O Vitória minhoto apresentou um onze remodelado e com uma frente de ataque nova em relação ao jogo com o Portimonense, se bem que tenha demorado a impor velocidade e intensidade nos duelos. Quando o fez, sobretudo após o intervalo, o adversário abanou e de que maneira. Tozé foi o jogador que mais vezes levou o perigo à área sadina e cedo se adivinhou que seria ele a poder desequilibrar um jogo que, por força da estratégia defensiva de Lito Vidigal (um 4x3x3 com duplo pivô defensivo, com linhas baixas e apetência para o contra-ataque), foi vivendo de algum equilíbrio. O golo minhoto surgiu aos 61’, numa falta ganha por Tozé e por ele cobrada para a área, onde surgiu um imponente Osorio a bater Joel Pereira. Vantagem justa e conseguida na melhor fase do V. Guimarães, que continuou a dominar e a levar perigo à área sadina.
No jogo das substituições, Lito Vidigal foi naturalmente obrigado a arriscar mais e passou a jogar com dois pontas de lança (juntou Valdu Té a Mendy, com Alex e Berto nas alas). A altura de a equipa setubalense queimar tempo já tinha passado e notou-se também uma estratégia de tentar aproveitar as bolas paradas. Ora, foi precisamente num lance de bola parada, depois de Douglas e Sacko terem “oferecido” um canto ao adversário, que Nuno Valente obteve o empate num grande golo, de trivela.
Arbitragem acertada.