O Jogo

Abel Ferreira “Mostrámos o menu a Fernando Santos”

Treinador do Braga comentou a presença do selecionad­or nacional na bancada animado pelo resultado, pela exibição e também pela quantidade e qualidade das opções deste plantel

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Fernando Santos foi espreitar o líder, que venceu e convenceu no Jamor com um “espírito coletivo” à prova de vertigens nesta viagem no topo da tabela – sobretudo das que o ego possa causar

Abel Ferreira, treinador do Braga líder do campeonato, gostou de saber da presença de Fernando Santos na bancada frente ao Belenenses. Também lá estava gente do Manchester United e do Milan, mas saber estar o selecionad­or nacional de olhos postos neste plantel que o enche de orgulho soube bem. “O Braga é a equipa que mais portuguese­s utiliza. A nós compete-nos mostrar o menu e, no nosso cardápio, há muita solução. Vou deixar que premeie um trabalho coletivo. A função dele é escolher, ele que escolha”, comentou, com uma declaração de respeito pelo companheir­o de profissão “mais experiente”, com quem se cruzou na formação. “Na palestra de quarto nível [do curso de treinador], Fernando Santos marcou-me”, contou Abel Ferreira, a torcer pelos da Pedreira na corrida à Seleção Nacional: “Ele é que sabe, mas se puderem ser jogadores do Braga, melhor.” No Jamor, Fernando Santos viu o Braga jogar como o seu treinador pedira. “Sabíamos que tínhamos de estar nos nossos limites para vencer. Trabalhámo­s muito para chegar aqui e dar esta resposta. Queria dedicar esta vitória a todos os jogadores que não vieram, porque durante a semana se mostraram disponívei­s para ajudar a equipa, para nos prepararmo­s para este grande desafio. É para eles, pelas mensagens de força e de carinho que nos deixaram”, começou por declarar Abel Ferreira depois de um “jogo difícil” que a equipa soube simplifica­r. “Foi um jogo que nos correu de feição. Fomos muito unidos, cada um soube o que tinha de fazer e, a ganhar ou a perder, vai ser esta a nossa forma de jogar. É esta a nossa identidade, a nossa maneira de estar, e amanhã [hoje] estaremos outra vez prontos para continuar o nosso trabalho, que é longo, duro”, comentou, preparado para uma semana mais em estado de graça. “Sabemos que os jornais nos vão encher o ego, mas temos de estar cada vez mais alerta. Muitas vezes, os elogios amolecem e não queremos amolecer; queremos continuar firmes e fortes”, avisou, a desfrutar da liderança: “É fruto do trabalho diário destes jogadores. Na vida e no futebol, ninguém ganha nada sozinho. Temos de continuar a ser humildes.”

“Dedico a vitória aos jogadores que não vieram e ajudaram a preparar este grande desafio”

“Não atacámos da mesma maneira. Em função dos adversário­s, temos rotas de ataque diferentes”

“Liderança? Sabe a trabalho coletivo, sabe a dedicação. Esta tem de ser a nossa atitude”

“No nosso cardápio há muita solução. Vou deixar que Fernando Santos premeie um trabalho coletivo”

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Fredy e Claudemir discutem a posse da bola

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