O Jogo

MAIOR DELEGAÇÃO TRILHA PASSOS PARA O FUTURO

Comité Olímpico apresentou comitiva portuguesa para os Jogos da Juventude sem colocar as três medalhas de 2010 e as quatro de 2014 como objetivos para Buenos Aires

- FREDERICO BÁRTOLO

Entre este sábado e dia 18, 41 atletas de 12 modalidade­s representa­rão o país na Argentina. Edson Barros, nos 2000 m obstáculos é o maior destaque individual, segundo o chefe de missão, Marco Alves

Há mais ouro do que as medalhas, uma ideia que imperou na apresentaç­ão da delegação portuguesa dos Jogos Olímpicos da Juventude. Para Buenos Aires, a comitiva nacional estabelece­u novo recorde: são 41 atletas, distribuíd­os por 12 modalidade­s. Em 2010, na estreia, Portugal trouxe três medalhas de Singapura, com 19 atletas envolvidos. Em Nanjing’2014, 21 atletas estiveram na China. Portanto, na Argentina, Portugal terá mais atletas do que nas duas últimas edições juntas. E o foco está definido para os jovens: competir com os melhores da sua geração – recorde-se que só podem estar presentes atletas até aos 18 anos – e pensar em participaç­ões olímpicas de seniores no futuro. “Vão encontrar os melhores do mundo dentro da vossa faixa etária. Lançamos o desafio: que possam vencer-se a vocês mesmos. Pedimos esforço e um comportame­nto irrepreens­ível já que envergam a bandeira nacional”, reiterou José Manuel Constantin­o, presidente do Comité Olímpico de Portugal, vincando que esta é uma chance para aprimorar os trilhos para os Jogos de Paris (2024) e Los Angeles (2028).

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, exaltou a “excelência de querer fazer melhor”, dizendo que os Jogos Olímpicos da Juventude são “oportunida­de para planear o futuro com os pés no presente”.

O próprio evento desvaloriz­a a conquista de medalhas, tendo várias provas de equipas multinacio­nais e outras em que não contabiliz­a os resultados individuai­s – Rafael Reis foi primeiro e segundo nas duas provas de ciclismo de 2010, mas a equipa nacional deixou-o em nono... A discrepânc­ia no que toca às medalhas leva a que Miguel Fernandes, ouro no triatlo de 2010, na estafeta mista europeia, não esteja nas contas de Portugal, que só tem a prata de Mário Silva e o bronze de Ana Rodrigues. Em 2014, o ouro de Maria Siderot (judo) e de Maria Teixeira (pentatlo moderno) foram também em aliança com outras nações, pelo que se contabiliz­am quatro medalhas em duas edições.

Marco Alves, de 37 anos, já esteve em oito delegações internacio­nais e em dois Jogos Olímpicos (Londres’2012 e Rio’2016), sendo agora o Chefe de Missão entre os dias 6 e 18. Segundo a sua avaliação, Edson Barros, nos 2000 metros obstáculos do atletismo, éa principal figura. Mas também aponta ao sucesso nas modalidade­s cole tiv as: ofut sal feminino, pelo domínio nas provas que fez, e o andebol de praia masculino, por alguns dos rivais ficarem fora.

“Que possam vencer-se a vocês mesmo. Vão encontrar os melhores do mundo na vossa faixa etária” “Pedimos comportame­nto irrepreens­ível, já que envergam a bandeira nacional” José Manuel Constantin­o Presidente do Comité Olímpico de Portugal

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João Paulo Rebelo, José Manuel Constantin­o e Tiago Brandão Rodrigues apresentar­am os 41 atletas portuguese­s

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