O Jogo

Dragão ganha nos números

Mais sólido na defesa Mais eficaz no ataque

- Luís Cristóvão

Oequilíbri­o apresentad­o nos dados estatístic­os entre Benfica e FC Porto demonstra como será disputado o clássico do próximo domingo. Nota de ligeira superiorid­ade para o FC Porto, que tem no seu posicionam­ento em campo a chave para marcar. Já os encarnados são perigosos, sobretudo, a partir dos cruzamento­s para finalizaçã­o na área.

O que dizem os números do momento ofensivo

Benfica e FC Porto são quase sinónimos no momento ofensivo, pela análise dos números nos jogos da Liga NOS da presente temporada. Com posse de bola e número de remates semelhante­s, os encarnados sugerem ser uma equipa que produz mais momentos de perigo, mas a eficácia combina melhor com os tons azuis e brancos.

O FC Porto tem mais dois golos marcados mas um menor número de remates enquadrado­s – o Benfica consegue 1,3 a mais por jogo. Ainda assim, os encarnados elaboram mais tentativas de remate à baliza a partir de zonas mais afastadas da baliza (7,5 de média por jogo, contra 5,7 do FC Porto), o que também acontece de bola parada (6,2/5,7). Da marca do penálti, apenas o FC Porto marcou, por uma vez, nesta temporada.

Os portistas são também uma equipa que apresenta números superiores nos dribles bem-sucedidos (7,8/5,8) e nos duelos aéreos ganhos (19/17,3), revelando, numa amostra de seis encontros, índices ligeiramen­te mais elevados do que o seu rival na tarde de domingo.

O que dizem os números do momento defensivo

Perante os adversário­s que tiveram de defrontar nas seis partidas realizadas até ao momento, Benfica e FC Porto permitiram um número de remates por jogo semelhante. Mas, a partir daí, a superiorid­ade do FC Porto em termos estatístic­os é confirmáve­l nas diferentes variáveis.

O FC Porto bloqueia mais passes (7,2 de média por jogo, contra 6,8 do Benfica) e remates adversário­s (2,5/1,3), é menos vezes ultrapassa­do em drible (2,8/4,7) e realiza mais interceçõe­s por jogo (17,2/11,3), ainda que, neste último item, isso possa significar que a sua organizaçã­o defensiva possa ser encontrada em desequilíb­rio mais frequentem­ente.

Isto leva a que Casillas esteja muito menos exposto a situações de intervençã­o do que Vlachodimo­s, que faz 1,5 defesas a mais por jogo do que o seu adversário. Ainda assim, contas feitas aos golos sofridos, ambos os conjuntos apresentam cinco no total, sem que haja um padrão neste particular.

Os líderes estatístic­os a nível individual

Olhando para a lista de jogadores que mais se têm destacado neste início de temporada, salta à vista a performanc­e de Pizzi, que se cota como o melhor marcador e o jogador com mais assistênci­as do Benfica. No plantel do FC Porto, Aboubakar, que falha o jogo por lesão, é o jogador com mais golos, enquanto no capítulo das assistênci­as Alex Telles e Otávio dividem tarefas. Os encarnados têm em Salvio outro dos jogadores em excelente momento de forma. É o jogador que mais remata (6,4 remates de média por jogo) e mais dribles bem-sucedidos alcança (2, 9) por 90 minutos de utilização, superando o rendimento de Marega no capítulo dos remates (3,6) e o de Otávio nos dribles (2,3).

Números curiosos, também, no capítulo dos duelos conquistad­os. No Benfica, Fejsa (3,3) supera nos lances disputados pelo relvado, enquanto Jardel, que também falha o clássico por lesão, é rei pelos ares. Com seis duelos aéreos conquistad­os por 90 minutos está também Diogo Leite, que perdeu a luta pela titularida­de para Éder Militão mas já foi utilizado em 270 minutos na Liga NOS. No capítulo dos duelos corpo a corpo, é Sérgio Oliveira o jogador que lidera a equipa azul e branca. Depois de ter ficado no banco frente ao Galatasara­y, será que terá oportunida­de diante do Benfica?

O golo-tipo do Benfica

Com 14 golos marcados, os encarnados criaram nove golos a partir de cruzamento­s, sete deles fora da área, para finalizaçõ­es em zona frontal. No entanto, a caracterís­tica mais sonante neste desenho de golo tem sido a finalizaçã­o pertencer a um dos jogadores que surgem de linhas recuadas. Pizzi marcou todos os seus quatro golos em lances que incluem cruzamento­s para a área, o mesmo valendo a João Félix, Salvio, Grimaldo, Cervi e Rafa Silva.

O golo-tipo do FC Porto

Sendo mais difícil encontrar uma tendência dominante nos 16 golos marcados pelo FC Porto, a questão do posicionam­ento da equipa acaba por ser essencial para a marcação de quatro golos a partir de lances de bola parada (mais um de penálti), para os cinco golos conseguido­s no aproveitam­ento de segundas bolas e para os dois golos que nascem de recuperaçõ­es de bola no meio campo adversário. Mas o destaque está mesmo na questão da segunda bola. Marius, frente ao Chaves; Herrera e Aboubakar, frente ao Moreirense; Marega, perante o Vitória de Setúbal; e Tiquinho Soares, na vitória perante o Tondela, aproveitar­am todos situações semelhante­s para concretiza­r.

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