Dragão ganha nos números
Mais sólido na defesa Mais eficaz no ataque
Oequilíbrio apresentado nos dados estatísticos entre Benfica e FC Porto demonstra como será disputado o clássico do próximo domingo. Nota de ligeira superioridade para o FC Porto, que tem no seu posicionamento em campo a chave para marcar. Já os encarnados são perigosos, sobretudo, a partir dos cruzamentos para finalização na área.
O que dizem os números do momento ofensivo
Benfica e FC Porto são quase sinónimos no momento ofensivo, pela análise dos números nos jogos da Liga NOS da presente temporada. Com posse de bola e número de remates semelhantes, os encarnados sugerem ser uma equipa que produz mais momentos de perigo, mas a eficácia combina melhor com os tons azuis e brancos.
O FC Porto tem mais dois golos marcados mas um menor número de remates enquadrados – o Benfica consegue 1,3 a mais por jogo. Ainda assim, os encarnados elaboram mais tentativas de remate à baliza a partir de zonas mais afastadas da baliza (7,5 de média por jogo, contra 5,7 do FC Porto), o que também acontece de bola parada (6,2/5,7). Da marca do penálti, apenas o FC Porto marcou, por uma vez, nesta temporada.
Os portistas são também uma equipa que apresenta números superiores nos dribles bem-sucedidos (7,8/5,8) e nos duelos aéreos ganhos (19/17,3), revelando, numa amostra de seis encontros, índices ligeiramente mais elevados do que o seu rival na tarde de domingo.
O que dizem os números do momento defensivo
Perante os adversários que tiveram de defrontar nas seis partidas realizadas até ao momento, Benfica e FC Porto permitiram um número de remates por jogo semelhante. Mas, a partir daí, a superioridade do FC Porto em termos estatísticos é confirmável nas diferentes variáveis.
O FC Porto bloqueia mais passes (7,2 de média por jogo, contra 6,8 do Benfica) e remates adversários (2,5/1,3), é menos vezes ultrapassado em drible (2,8/4,7) e realiza mais interceções por jogo (17,2/11,3), ainda que, neste último item, isso possa significar que a sua organização defensiva possa ser encontrada em desequilíbrio mais frequentemente.
Isto leva a que Casillas esteja muito menos exposto a situações de intervenção do que Vlachodimos, que faz 1,5 defesas a mais por jogo do que o seu adversário. Ainda assim, contas feitas aos golos sofridos, ambos os conjuntos apresentam cinco no total, sem que haja um padrão neste particular.
Os líderes estatísticos a nível individual
Olhando para a lista de jogadores que mais se têm destacado neste início de temporada, salta à vista a performance de Pizzi, que se cota como o melhor marcador e o jogador com mais assistências do Benfica. No plantel do FC Porto, Aboubakar, que falha o jogo por lesão, é o jogador com mais golos, enquanto no capítulo das assistências Alex Telles e Otávio dividem tarefas. Os encarnados têm em Salvio outro dos jogadores em excelente momento de forma. É o jogador que mais remata (6,4 remates de média por jogo) e mais dribles bem-sucedidos alcança (2, 9) por 90 minutos de utilização, superando o rendimento de Marega no capítulo dos remates (3,6) e o de Otávio nos dribles (2,3).
Números curiosos, também, no capítulo dos duelos conquistados. No Benfica, Fejsa (3,3) supera nos lances disputados pelo relvado, enquanto Jardel, que também falha o clássico por lesão, é rei pelos ares. Com seis duelos aéreos conquistados por 90 minutos está também Diogo Leite, que perdeu a luta pela titularidade para Éder Militão mas já foi utilizado em 270 minutos na Liga NOS. No capítulo dos duelos corpo a corpo, é Sérgio Oliveira o jogador que lidera a equipa azul e branca. Depois de ter ficado no banco frente ao Galatasaray, será que terá oportunidade diante do Benfica?
O golo-tipo do Benfica
Com 14 golos marcados, os encarnados criaram nove golos a partir de cruzamentos, sete deles fora da área, para finalizações em zona frontal. No entanto, a característica mais sonante neste desenho de golo tem sido a finalização pertencer a um dos jogadores que surgem de linhas recuadas. Pizzi marcou todos os seus quatro golos em lances que incluem cruzamentos para a área, o mesmo valendo a João Félix, Salvio, Grimaldo, Cervi e Rafa Silva.
O golo-tipo do FC Porto
Sendo mais difícil encontrar uma tendência dominante nos 16 golos marcados pelo FC Porto, a questão do posicionamento da equipa acaba por ser essencial para a marcação de quatro golos a partir de lances de bola parada (mais um de penálti), para os cinco golos conseguidos no aproveitamento de segundas bolas e para os dois golos que nascem de recuperações de bola no meio campo adversário. Mas o destaque está mesmo na questão da segunda bola. Marius, frente ao Chaves; Herrera e Aboubakar, frente ao Moreirense; Marega, perante o Vitória de Setúbal; e Tiquinho Soares, na vitória perante o Tondela, aproveitaram todos situações semelhantes para concretizar.