Tondela-Nacional 1-1
Tondela esteve em vantagem durante três minutos, mas o golo de David Bruno teve resposta rápida de Kalindi, a salvar a honra dos madeirenses na ressaca da goleada açoriana Costinha não foi o único a ter uma semana má. No entanto, depois de uma humilhação
No dia dos 108 anos da República, o Portugal umbilical que vive debruçado sobre Lisboa discutiu a ausência do Ministro da Defesa Nacional nas celebrações,eclipsadopelaalegada implicação no tremendo embaraço em que se tornou a novela do roubo e encenação darecuperaçãodomaterialmilitar roubado em Tancos, enquanto, no interior, a equipa ultraperiférica do antigo médio cuja inteligência lhe valeu o título do ausente Azeredo Lopes , embora sem pasta, mostrou como é possível reerguer-se de uma humilhação e empatou em Tondela. Houve momentos em que Costinha esteve encolhido no banco, incomodado com o que o Nacional construía sem conseguir concluir, mas esteve sempre no jogo, tal como os homens que chamou para reagir ao 0-3 imposto pelo Santa Clara. Porque os deslizes das equipas do Ministro têm consequências, houve mudanças na defesa (com Mauro Cerqueira à esquerda) e do meio-campo só sobrou Vítor Gonçalves, agora com Palocevic e Tissone como trinco; Jota e Alhassan ficaram no banco e o resto da equipa tratou de encarar de frente o jogo atrevido do Tondela, com o ego menos amarrotado depois de perder (1-0) no Dragão, mas sempre com aquela pressa boa de fazer saltar de alegria o João Cardoso. Entretido, repartido na falta de eficácia diante da baliza, o jogo ofereceu picos de adrenalina q.b. por Witi e Xavier, mas pedia golos e foi o centenário Hélder Tavares quem, numa arrancada, descobriu o Xavier solto para o cruzamento que Tomané viu passardirectoaorematedeDavid Bruno. O lateral-direito do Tondela não foi o único a estrear-seamarcar.Trêsminutos depois, Kalindi fazia o mesmo, com um golaço na sequência de um canto que Palocevic que Ricardo Costa afastou da área para o remate de primeira, indefensável, do brasileiro. Reposta a igualdade, renasceu a energia, brilharam os guardaredes - até o árbitro André Narciso atingiu um recorde mínimo de amarelos, embora possa ter deixado passar um penálti sobre Felipe Lopes - e o Ministro saiu de cabeça erguida, tal como Pepa. Pudessem outros dizer o mesmo.