Perder Rúben é uma dor de cabeça maior
A esmagadora maioria crê que o contexto do Benfica torna o seu central mais imprescindível
Na sequência das notas, colocámos outra pergunta aos especialistas do eixo da defesa: entre Rúben Dias e Éder Militão, qual é o mais imprescindível e porquê? Aqui, a tendência foi esmagadora: 12 dos 16 que aceitaram responder a esta pergunta apontaram Rúben Dias como o jogador cuja eventual ausência conferiria maior impacto à respetiva equipa. Já no entender de André Vilas Boas, Pica e Jorge Andrade, o internacional português é tão imprescindível no Benfica como o internacional brasileiro no FC Porto, e apenas Ávalos se inclina para o portista.
Os motivos para esta discrepância não se prendem tanto com a qualidade de um ou de outro, até porque já vimos que pouca os separa, mas com o contexto que se verifica na equipa orientada por Rui Vitória. “O Rúben Dias é mais imprescindível, não só pela lesão do Jardel, mas também pelo fim da carreira do Luisão”, aponta Marco Almeida, antigo central do Sporting, enquanto Paulo Jorge, ex-Braga, afirma que, no Benfica, “não há outro jogador coma liderança, agressividade e segurança que transmite aos companheiros ”. Por outro lado, Tonel, ex-Feirense, sublinha que “o Diogo Leite começou a época a titular e esteve em bom plano”, para sustentar que “é mais fácil substituir o Militão do que o Rúben”. Por contraponto, Jorge Andrade lembra que Militão “veio ocupar o lugar do Marcano” e que “tem a vantagem de jogar a lateral”.
Não obstante, é legítimo afirmar que todos concordam com Vilas Boas: “O Rúben e o Militão têm um grande peso no sucesso das equipas que representam.” E não é à toa que neste momento é deles que mais se fala.