O Jogo

JOVANE MELHOR QUE A REFE RÊNCIA CR7

Camisola 77 está a ter um início arrasador, batendo os dados de outros extremos, como Ronaldo e Nani, na época de afirmação

- PEDRO RIBEIRO RUI MIGUEL GOMES

Três golos, duas assistênci­as e dois penáltis ganhos nos oito primeiros jogos constam do registo do ala. Só Matheus Pereira bate o cabo-verdiano neste século entre os extremos formados no clube

A formação do Sporting é considerad­a uma das melhores do mundo, muito por culpa de Figo, Quaresma, Cristiano Ronaldo, sobretudo este, e Nani, entre outros. Um dos dados que unem este quarteto é o facto de todos serem extremos, numa linha de produção que conhece esta temporada mais uma unidade prometedor­a: Jovane Cabral. O jovem (20 anos) camisola 77 foi crucial para o triunfo leonino na visita ao Vorskla Poltava com um golo nos descontos, atingindo os três neste início de temporada. Números que suplantam os de outras figuras históricas do clube de Alvalade este século nos primeiros oito jogos da época de afirmação, conforme se pode ver no quadro em baixo. Um arranque prometedor que tem deixado água na boca aos adeptos e serve de alerta para os futuros adversário­s. Afinal, apesar da sua juventude, Jovane prova ter apetência pelas redes rivais.

O primeiro extremo da fornada deste século foi Ricardo Quaresma, que no mesmo número de partidas ficou em branco. Algo que já não sucedeu com o seguinte: Cristiano Ronaldo, o “penta” Bola de Ouro, que fez os mesmos três golos que o jovem ala nascido em Cabo Verde, mas com mais minutos de utilização nas pernas. Curiosamen­te, o portador da camisola 77 em 2014/15, Nani, também fica para trás no comparativ­o com Jovane, que, surpreende­ntemente, só é ultrapassa­do por uma outra esperança que já não alinha de leão ao peito: Matheus Pereira. Cedido ao Nuremberga, o jovem brasileiro deu nas vistas no início da época 2015/16, apontando cinco golos e fazendo uma assistênci­a pela equipa principal do Sporting, então orientada por Jorge Jesus, nas primeiras oito partidas. Facto que lhe permite ter

melhor média que Jovane: Matheus fez um golo a cada 80,8 minutos; Jovane vai em um a cada 88 minutos.

O jovem brasileiro ficou-se por aí, pois o rendimento aquém do esperado levou-o de novo para a equipa B. Já Jovane, além dos golos marcados, destaca-se pelos que originou, uma vez que tem participaç­ão ativa em mais três: fez a assistênci­a para Nani carimbar o triunfo por 2-1 sobre o V. Setúbal e arrancou dois penáltis. Curiosamen­te, ambos deram origem ao segundo golo do Sporting: o primeiro na jornada inaugural da Liga, contra o Moreirense (2-1); o outro no 3-1 sobre o Marítimo, da Taça da Liga. Para comprovar que é um trunfo de José Peseiro, atentese que Jovane marcou os três golos a sair do banco. Aliás, neste capítulo representa 75% do total, pois o outro a faturar na mesma condição foi Montero.

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