O Jogo

CLÁSSICO COMEÇA À DEFESA

Sporting, campeão nacional, e FC Porto, detentor da Taça de Portugal, discutem a 36.ª edição da Supertaça António Livramento, hoje, às 15h00, na Mealhada

- PAULA CAPELA MARTINS

Quatro meses depois de o Sporting ter vencido o FC Porto no jogo do título e do fim de um jejum com três décadas, os rivais, supercaute­losos, trocam elogios e dizem que Elite Cup e Taça Continenta­l não pesam

Lado a lado, Paulo Freitas, treinador do Sporting, e Guillem Cabestany, técnico do FC Porto, fizeram a antevisão da Supertaça, reavivando a memória do penúltimo jogo do campeonato que levou os dragões a Alvalade com a possibilid­ade de revalidar o título nacional e que terminou com festa leonina. Agora, com equipas que sofreram alterações, os dois emblemas reencontra­m-se, lutando por um troféu com 21 edições ganhas pelo FC Porto e que o Sporting venceu por duas vezes.

Na véspera do clássico, com o troféu em exposição e que Paulo Freitas não quis tocar, denunciand­o o lado mais superstici­oso, os dois técnicos concordara­m em quase tudo. “Um jogo com história entre duas grandes equipas e grandes jogadores”, afirmaram. “Estão aqui as duas melhores equipas da última época. Assumir favoritism­o é um engano; tem de ser repartido a 50 por cento”, acrescento­u Freitas, apoiado por Cabestany: “O favoritism­o a nós não nos acrescenta nada. Não nos sentimos favoritos. Há uma grande igualdade.”

Na hora de analisar o adversário, o técnico leonino avaliou o FC Porto como “uma equipa vertical que com poucos toques na bola consegue chegar rapidament­e à baliza, que defende bem, é completa e sustentada por grandes valores individuai­s que a qualquer momento pode desequilib­rar”, enquanto o treinador dos dragões, olhando para o Sporting, encontrou “grandes individual­idades numa equipa que é forte nos vários aspetos do jogo e que tem uma solidez defensiva que complica a vida a todas as equipas”.

Há uma semana, em Portimão, o Sporting vencia a Elite Cup (torneio de pré-época) no mesmo dia em que o FC Porto perdia para o Barcelona a Taça Continenta­l, em Barcelos. Os treinadore­s garantem que nem o triunfo dos leões nem a derrota dos azuis e brancos pesará. “O FC Porto não perdeu com uma equipa qualquer e não valorizamo­s em demasia o facto de termos ganho a Elite Cup. As duas equipas chegam aqui igualadas”, considerou Paulo Freitas. “A derrota com o Barcelona abala mentalment­e, mas já recuperámo­s a equipa e a confiança está intacta. Esperamos um Sporting num nível máximo”, adiantou Guillem Cabestany, que, recordando o desaire no duelo ibérico nos penáltis, não se mostrou receoso das bolas paradas: “Vamos tentar que não faça a diferença e tentar uma percentage­m de acerto maior do que na semana passada. Estou tranquilo porque temos bons atiradores:já tínhamos e os reforços também estão habituados a esses momentos.”

Ontem, em dia de adaptação à pista, Paulo Freitas, que tem um plantel de 12 jogadores, informou que Pedro Gil (a recuperar de cirurgia) “foi reintegrad­o sem limitações na passada quarta-feira”, mas não disse se seria utilizado, adiantando que “Gonzalo Romero [lesão] não jogará”.

“O favoritism­o tem de ser repartido a 50 por cento para cada equipa”

Paulo Freitas Treinador do Sporting

“Bolas paradas? Fazem parte do jogo. Estou tranquilo porque temos bons atiradores”

Guillem Cabestany Treinador do FC Porto

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Pedro Freitas e Guillem Cabestany têm à frente o troféu que hoje vão querer ganhar

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