“Portismo” vale reações furiosas
Sempre que os portistas puxaram dos galões em 2017/18 iniciaram sequências longas de bons resultados
Sérgio Conceição, Brahimi e Alex Telles exteriorizaram sensações que caíram no goto dos adeptos. Se agora exibiu o símbolo aos benfiquistas, em 2017/18 o técnico prometeu o título perante os sportinguistas
O puxar de galões de Sérgio Conceição no final do clássico, exibindo o símbolo do FC Porto em resposta às provocações que ia recebendo dos adeptos do Benfica pela derrota, caiu no goto dos portistas e até poderá vir a ser um catalisador para uma reação furiosa por parte dos dragões. Na época passada, assistiram-se a três demonstrações dessas, normalmente em períodos ou em jogos com uma carga psicológica bastante elevada, e o que se seguiu foram sequências longas de bons resultados. Se nesta o treinador se dirigiu aos benfiquistas com um “falamos depois”, numa alusão às contas que se farão em maio, na temporada anterior não se coibiu de deixar uma garantia aos jogadores no relvado de Alvalade após o empate com o Sporting. “Vamos ser campeões”, gritou, na altura, de dedo em riste. Os azuis e brancos entraram então numa série de 17 jogos sem perder na Liga – com apenas três empates pelo meio – e a convicção do técnico concretizou-se.
Do lado dos atletas foram Brahimi a Alex Telles a verbalizar o que os adeptos gostam de chamar de “portismo”. O argelino fê-lo em Santa Maria da Feira, num encontro com uma arbitragem polémica de Fábio Veríssimo, depois de o árbitro ter exibido o vermelho a Felipe. “Vamos ganhar”, repetiu, uma e outra vez, o médio. E a verdade é que os dragões não só ganharam esse encontro, como ainda arrancaram para uma série de dez jornadas sem perder (somaram apenas um empate). Já o brasileiro exigiu “respeito” pelo clube após marcar contra o Aves, na ressaca de resultados menos conseguidos. Um gesto que motivou depois uma sequência de cinco vitórias a fechar o campeonato e que começou na... Luz.