O Jogo

Assim tão mau só nos anos 50

Goleada sofrida em casa frente ao Estoril (7-2) faz estudantes recuarem no tempo pelos piores motivos

- RICARDO SOUSA

Dentro de tamanho caos ainda há um dado animador. Em 2002, a equipa foi goleada por 7-0 em Chaves, mas isso não a impediu de, no final da temporada, ser promovida ao escalão primodivis­ionário

A Académica foi vítima de uma goleada como há muito não se via. Na receção ao Estoril, os estudantes sofreram uma derrota por 7-2 que acentuou a crise de resultados de uma equipa que tarda em convencer e que está muito longe de provar o estatuto de candidata à subida. A formação que interiname­nte foi orientada pelo adjunto Vítor Vinha sofreu uma quantidade de golos que o clube não registava em casa desde 1955. A 17 de abril desse ano, o Benfica triunfou na cidade do Mondego por 7-3, ao passo que, onze anos antes, o V. Setúbal venceu por 9-3 no mesmo local. Idêntico resultado ao de domingo verificou-se a 4 de abril de 1943, dia em que os leões demonstrar­am também um grande apetite diante dos capas negras. Já a última vez que a Briosa foi superada por uma margem de cinco tentos na condição de anfitriã foi a 3 de abril de 1999, com o Alverca a surpreende­r em Coimbra por 5-0.

Mas dentro do caos há também dados curiosos, encorajado­res até. É que a última vez que a Académica sofreu sete golos de um antagonist­a foi promovida à I Liga. A 24 de março de 2002, a turma conimbrice­nse foi cilindrada por 7-0 em Chaves, com seis tentos sofridos nos 45 minutos iniciais. Apesar desse desfecho desastroso em Trás-os-Montes, a Briosa manteve-se em zona de subida e por lá ficou até ao epílogo do campeonato, tendo ganho o direito a participar no Nacional da I Divisão na época seguinte, prova em que permaneceu durante 14 anos consecutiv­os.

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A Académica caiu com estrondo na receção ao Estoril

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