Salvador faz marcação ao CA
Estranha repreensão ao VAR do jogo com o Rio Ave e promete estar atento
Em Coimbra, onde participou na Cimeira de Presidentes da Liga, o dirigente misturou uma pontinha de ironia com denúncias de erros graves que o CA deixou passar em silêncio e avisos à concorrência
Deve ter sido coincidência. António Salvador interpretou assim a reprimenda do Conselho de Arbitragem (CA) a Bruno Paixão, VAR (videoárbitro) que não informou o árbitro Tiago Martins de uma grande penalidade favorável ao Rio Ave, nos instantes finais na Pedreira (1-1), na última jornada. O presidente do Braga espera que as “novas e boas práticas” do organismo presidido por José Fontelas Gomes estejam para ficar e se estendam a todo o campeonato, não apenasaoemblemaqueoBenfica acaba de alcançar na liderança. “O Braga estará atento”, prometeu, à entrada para a Cimeira de Presidentes, em Coimbra, onde reiterou a “grande determinação” do plantel de Abel Ferreira para dar luta no topo da tabela. “Contem connosco”, avisou.
Confrontado com o ruído provocado pela queda de Galeno na área arsenalista com Bruno Viana, nos descontos da receção ao Rio Ave, António Salvador não escondeu a estranheza, mas respeitou o método do CA, que à sétima jornada quis fazer um balanço com os quatro VAR exclusivos e responsabilizou Bruno Paixão pela grande penalidade que ficou por marcar. “Quero pensar que tenha sido uma coincidência por ter sido um jogo do Braga, porque quem acompanha o campeonato sabe que tem havido várias decisões erradas e não vi o CA fazer uma reprimenda pública e tão rápida como neste fim de semana, neste lance que deveria ter sido marcado e o VAR não marcou”, começou por afirmar o dirigente, e passou a dar exemplos: “Quem não anda distraído sabe que houve outros penáltis que ficaram por marcar, designadamente num BragaAves: ficou um penálti claro por marcar, a favor do Braga e não vi nenhuma reprimenda pública nem sanção ao VAR. Ao longo destas jornadas, houvegolosilegaisqueforammarcados e estou a lembrar-me de um, do Vitória de Guimarães em Portimão, que deveria ter sido invalidado, e não vi nenhuma reprimenda ao VAR. Vimos todos que houve jogadores merecedores de castigos por agressões ou por porem em perigo a integridade física de adversários, e posso lembrar os casos como os de Cervi, de Rúben Dias; como a falta de Felipe, em Setúbal, e não vi nenhumas expulsões, não vi qualquer reprimenda ao VAR.”
“Vamos estar atentos. É, no mínimo, curioso que esta reprimenda pública ao VAR aconteça num jogo do Braga”, prometeu: “Espero que, daqui para a frente, todas as vezes que o VAR erre, venha publicamente falar sobre esses lances. O Braga estará atento, porque são coincidências de mais virem falar do Braga no momento atual, em que está a liderar o campeonato. Mas quero pensar que foi só coincidência e que as novas práticas do CA vão continuar.”
A caminho da reunião promovida pela Liga, António Silva Campos, presidente do Rio Ave, passou pela zona mista enquanto António Salvador falava aos jornalistas. Ainda parou uns instantes a ouvi-lo, sorriu e seguiu caminho, enquanto o bracarense deixava
uma promessa de resistência no topo da tabela: “Há uma coisa que posso aqui dizer, e com firmeza: independentemente de cada obstáculo que tenhamos em cada jogo; independentemente do ruído que se possa fazer à volta dos nossos jogos, nós estamos com uma determinação muito grande. Os nossos jogadores estão determinados a fazer de cada jogo um afinal. Obviamente que não os vamos vencertodos, mas vamos trabalhar para que os vençamos. Há um ano, em Alvalade, disse que poderiam contar connosco. Hoje, digo-o, igualmente: contem connosco .”
“Tem havido várias decisões erradas e não vi o CA fazer uma reprimenda pública e tão rápida como neste fim de semana, neste lance que deveria ter sido marcado e o VAR não marcou”
“Quem não anda distraído sabe que houve outros penáltis que ficaram por marcar, designadamente, num Braga-Aves”
“Houve golos ilegais que foram marcados e estou a lembrar-me de um, do Vitória de Guimarães em Portimão, que deveria ter sido invalidado e não vi nenhuma reprimenda ao VAR” António Salvador Presidente do Braga