“TRIUNFO SERÁ UM PASSO DE GIGANTE”
Fernando Santos deve fazer alinhar o mesmo onze que bateu a Itália
Vencer, é claro. O treinador não pondera outro resultado que não seja este, frente a uma Polónia “muito forte”, lembrando a Brzeczek que Portugal ganhou o Europeu em 2016 e não foi a jogar à defesa
Há quatro anos, Fernando Santos estreava-se a sele cio na dor de Portugal. Um mar coque revive na Polónia, onde quer dar mais um passo no apuramento para as meias-finais da Liga das Nações, sem CR7, aliás, um assunto desvalorizado.
O que tem de fazer Portugal neste jogo, sem alguns jogadores importantes?
—É um jogo extremamente difícil, a Polónia é uma equipa com qualidade; mudou de treinador e nos últimos dois jogos demonstrou que é muito forte. Nós teremos de estar ao melhor nível, porque são duas equipas que querem vencer, por isso teremos de estar a mais de cem por cento. Uma vitória não fecha nada, mas é um passo de gigante.
Selecionador da Polónia comentou que Portugal tem vindo, desde 2016, a trabalhar mais os aspetos defensivos do que os ofensivos, concorda?
—Não concordo com a análise que o meu colega faz e pela qual tenho grande respeito. Se Portugal só defendesse não tinha sido campeão da Europa. O princípio que nos norteia é tornar esta equipa forte nos dois métodos de jogo, ofensiva e defensivamente. É isso que fazemos todos os dias, no pouco tempo que temos juntos para trabalhar.
O que perde Portugal ao não ter Cristiano Ronaldo para este jogo?
—Já respondi a essa pergunta vezes. O melhor do mundo é o melhor do mundo, mas não vamos continuar a insistir nesse tema [que eu percebo]. Ele não está, temos de nos centrar naqueles que estão. Confio em absoluto nos jogadores que estão e que podem dar uma grande resposta.
Cristiano vai voltar à seleção?
—Ele continua totalmente focado no sentido de estar e jogar pelo seu país. Não antevejo nada em contrário.
Para a Polónia será a vingança pela derrota em 2016?
—As comparações são muito difíceis... Lembro-me do jogo de há dois anos e acho que ganhámos bem. Se os polacos têm uma ideia diferente, respeito, mas, sinceramente, acho que Portugal venceu justamente.APolóniaéu ma equipa muito forte, já tive a oportunidade de a defrontar na abertura do Europeu de 2012, ao serviço da Grécia, e em 2016, por Portugal e tem jogadores de muita qualidade. A mudança de treinador muda sempre alguma coisa, mas não muda os jogadores nem a qualidade. Seguramente amanhã [hoje] vai ser um grande jogo.
A necessidade que a Polónia tem de vencer confere um atrativo maior a esta partida? —Isso é perfeitamente legítimo, a Polónia, em qualquer circunstância, teria sempre como objetivo vencer Portugal. Joga em casa, tem essa ambição. Acredita que pode vencer Portugal. Esta qualificação tem apenas quatro jogos e acaba por ter mais importância do que uma qualificação que tem dez jogos. Mas Portugal também vem com a ambição de vencer. Haverá mudanças na equipa? —A maioria dos nossos jogamuitas
Portugal 2016, nos “quartos”, Europeu: em após empate (1-1) nos penáltis, venceu a Polónia
dores, como os da Polónia, jogam em grandes equipas, e podem ter três jogos consecutivos. Haverá sempre algum cansaço. É preciso ver como os jogadores estão a recuperar, tivemos dois dias de treino e a maior parte não treinou. Hoje [ontem] é o único treino que vamosfazerenãopoderáserde muita avaliação, porque o jogo é a seguir. Mas isto é para nós e para a Polónia. Não espero grandes alterações da nossa parte, assim como não espero na equipa da Polónia, até porque fez dois jogos com o novo treinador. Apesar de não jogar com o mesmo onze, a equipa reagiu bem e conseguiu um resultado excelente – empate em Itália –, por isso não espero grandes alterações, mas o meu colega lá saberá.
Que balanço faz dos quatro anos à frente da Seleção?
—Um momento muito importante na minha carreira, porque me sentei pela primeira vez no banco da Seleção do meu país. Foi um momento marcante, talvez o mais marcante de sempre na minha carreiradetreinador.Pelomeio houve uma conquista de um Europeu, tenho de estar feliz.
Qual a reação dos clubes à Ligas as Nações?
—É natural que haja reação, umas positivas outras negativas. Tem de se ver dos dois lados. Se olharmos do lado dos clubes, os treinadores não vão concordar, dado o desgaste físico. Se for visto do lado das seleções, é importante ter ritmo. É muito diferente jogar particulares e jogar partidas oficiais, para que se possa avaliar a resposta em competição. Para os selecionadores é positivo, para os treinadores dos clubes não é assim tão positivo.
“Não concordo com a análise que o meu colega faz. Se Portugal só defendesse não tinha sido campeão da Europa”
“Ausência de Cristiano Ronaldo? O melhor do mundo é o melhor do mundo, mas não vamos continuar a insistir nesse tema”
“A Polónia é uma equipa com qualidade; mudou de treinador e nos últimos dois jogos demonstrou que é muito forte.” Fernando Santos Selecionador Nacional