O Jogo

“TRIUNFO SERÁ UM PASSO DE GIGANTE”

Fernando Santos deve fazer alinhar o mesmo onze que bateu a Itália

- Textos MANUEL CASACA

Vencer, é claro. O treinador não pondera outro resultado que não seja este, frente a uma Polónia “muito forte”, lembrando a Brzeczek que Portugal ganhou o Europeu em 2016 e não foi a jogar à defesa

Há quatro anos, Fernando Santos estreava-se a sele cio na dor de Portugal. Um mar coque revive na Polónia, onde quer dar mais um passo no apuramento para as meias-finais da Liga das Nações, sem CR7, aliás, um assunto desvaloriz­ado.

O que tem de fazer Portugal neste jogo, sem alguns jogadores importante­s?

—É um jogo extremamen­te difícil, a Polónia é uma equipa com qualidade; mudou de treinador e nos últimos dois jogos demonstrou que é muito forte. Nós teremos de estar ao melhor nível, porque são duas equipas que querem vencer, por isso teremos de estar a mais de cem por cento. Uma vitória não fecha nada, mas é um passo de gigante.

Selecionad­or da Polónia comentou que Portugal tem vindo, desde 2016, a trabalhar mais os aspetos defensivos do que os ofensivos, concorda?

—Não concordo com a análise que o meu colega faz e pela qual tenho grande respeito. Se Portugal só defendesse não tinha sido campeão da Europa. O princípio que nos norteia é tornar esta equipa forte nos dois métodos de jogo, ofensiva e defensivam­ente. É isso que fazemos todos os dias, no pouco tempo que temos juntos para trabalhar.

O que perde Portugal ao não ter Cristiano Ronaldo para este jogo?

—Já respondi a essa pergunta vezes. O melhor do mundo é o melhor do mundo, mas não vamos continuar a insistir nesse tema [que eu percebo]. Ele não está, temos de nos centrar naqueles que estão. Confio em absoluto nos jogadores que estão e que podem dar uma grande resposta.

Cristiano vai voltar à seleção?

—Ele continua totalmente focado no sentido de estar e jogar pelo seu país. Não antevejo nada em contrário.

Para a Polónia será a vingança pela derrota em 2016?

—As comparaçõe­s são muito difíceis... Lembro-me do jogo de há dois anos e acho que ganhámos bem. Se os polacos têm uma ideia diferente, respeito, mas, sinceramen­te, acho que Portugal venceu justamente.APolóniaéu ma equipa muito forte, já tive a oportunida­de de a defrontar na abertura do Europeu de 2012, ao serviço da Grécia, e em 2016, por Portugal e tem jogadores de muita qualidade. A mudança de treinador muda sempre alguma coisa, mas não muda os jogadores nem a qualidade. Segurament­e amanhã [hoje] vai ser um grande jogo.

A necessidad­e que a Polónia tem de vencer confere um atrativo maior a esta partida? —Isso é perfeitame­nte legítimo, a Polónia, em qualquer circunstân­cia, teria sempre como objetivo vencer Portugal. Joga em casa, tem essa ambição. Acredita que pode vencer Portugal. Esta qualificaç­ão tem apenas quatro jogos e acaba por ter mais importânci­a do que uma qualificaç­ão que tem dez jogos. Mas Portugal também vem com a ambição de vencer. Haverá mudanças na equipa? —A maioria dos nossos jogamuitas

Portugal 2016, nos “quartos”, Europeu: em após empate (1-1) nos penáltis, venceu a Polónia

dores, como os da Polónia, jogam em grandes equipas, e podem ter três jogos consecutiv­os. Haverá sempre algum cansaço. É preciso ver como os jogadores estão a recuperar, tivemos dois dias de treino e a maior parte não treinou. Hoje [ontem] é o único treino que vamosfazer­enãopoderá­serde muita avaliação, porque o jogo é a seguir. Mas isto é para nós e para a Polónia. Não espero grandes alterações da nossa parte, assim como não espero na equipa da Polónia, até porque fez dois jogos com o novo treinador. Apesar de não jogar com o mesmo onze, a equipa reagiu bem e conseguiu um resultado excelente – empate em Itália –, por isso não espero grandes alterações, mas o meu colega lá saberá.

Que balanço faz dos quatro anos à frente da Seleção?

—Um momento muito importante na minha carreira, porque me sentei pela primeira vez no banco da Seleção do meu país. Foi um momento marcante, talvez o mais marcante de sempre na minha carreirade­treinador.Pelomeio houve uma conquista de um Europeu, tenho de estar feliz.

Qual a reação dos clubes à Ligas as Nações?

—É natural que haja reação, umas positivas outras negativas. Tem de se ver dos dois lados. Se olharmos do lado dos clubes, os treinadore­s não vão concordar, dado o desgaste físico. Se for visto do lado das seleções, é importante ter ritmo. É muito diferente jogar particular­es e jogar partidas oficiais, para que se possa avaliar a resposta em competição. Para os selecionad­ores é positivo, para os treinadore­s dos clubes não é assim tão positivo.

“Não concordo com a análise que o meu colega faz. Se Portugal só defendesse não tinha sido campeão da Europa”

“Ausência de Cristiano Ronaldo? O melhor do mundo é o melhor do mundo, mas não vamos continuar a insistir nesse tema”

“A Polónia é uma equipa com qualidade; mudou de treinador e nos últimos dois jogos demonstrou que é muito forte.” Fernando Santos Selecionad­or Nacional

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