O Jogo

“Deixámos de ser um circo”

Leões entram no leilão por Muriel

- MÓNICA SANTOS

Médico lembra que a sua postura enquanto líder do clube prima pela descrição, recusando “discutir na praça pública”. Porém, faz questão de garantir que o clube “não está em préfalênci­a nem vai falir”

Frederico Varandas, presidente do Sporting, chegou ao Convento de São Francisco, em Coimbra, para a sua primeira cimeira de presidente­s, organizada pela Liga, com as críticas de José Maria Ricciardi, um dos candidatos derrotados no último sufrágio, a 8 de setembro, bem presentes. De tal forma que o novo líder leonino rebateu, ainda que sem se alongar muito, as consideraç­ões do banqueiro sobre a sua capacidade de liderança e de resolução dos problemas do Sporting, como por exemplo o financeiro. Aliás, o médico recusou mesmo qualquer ideia de que o Sporting esteja em “crise financeira ou em pré-falência”, como acusara na véspera Ricciardi.

Frederico Varandas, comedido, primeiro, passou ao ataque. “Críticas? Mas de quem? [risos] Por amor de Deus, não vou comentar”, atirou, sem se mostrar surpreendi­do pelo facto de Ricciardi se ter assumido como oposição. “Sei que há muitas pessoas que se habituaram ao Sporting ser um circo, a ser um produto televisivo de chacota para os sportingui­stas e de risota para os nossos adversário­s. Esse tempo acabou. E acabou mesmo. Será uma tristeza para alguns, mas o empréstimo obrigacion­ista é uma realidade e o seu refinancia­mento será em novembro, como nós prometemos. Também será uma tristeza para vários, mas, no caso das rescisões, elas serão resolvidas, defendendo-se sempre os interesses do Sporting. E, para tristeza de alguns, o Sporting não está em pré-falência nem vai falir”, sustentou, sem querer alongar-se sobre as conclusões da auditoria forense que está em curso no clube: “O cargo que ocupo exige muita responsabi­lidade. Era fácil, e se calhar muita gente esperava que, mal a minha equipa chegasse, começasse a dizer que o clube está assim, está assado. Não é a minha forma de estar. Não é a forma de estar da minha equipa. Não é isso que vamos fazer. Vamos resolver os problemas, porque há aqui as-

suntos que não podem ser tratados na praça pública, para defesa do Sporting. Nós vamos resolver esses problemas, um a um, e mais tarde, depois de os problemas estarem resolvidos, os sócios terão todo o direito de receber toda a informação de como o clube estava. Em relação à auditoria, está a decorrer. Começou mais tarde do que, se calhar, a maioria das pessoas julga, em finais de agosto, início de setembro. Por isso, os primeiros resultados serão em dezembro. Até lá, há informação que não interessa discutir na praça pública, pelos interesses do Sporting. E acreditem numa coisa: não estou aqui para ser popular. Estou aqui para defender os interesses do Sporting e farei o que tiver de fazer para os defender.”

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