Ninguém treme com este papão
Ucrânia trava Itália, há cinco jogos sem vencer. Bernardeschi justificou aposta num ataque móvel
Roberto Mancini muda o onze, mas o resultado mantém-se similar: a seleção italiana não ganha nem, tãopouco, convence. O empate 1-1 contra a Ucrânia, num particular de preparação antes do embate fora com a Polónia, no Grupo A3 da Liga das Nações, foi o quinto sem ganhar. Continua curta a única vitória ante a Arábia Saudita para deixar o selecionador satisfeito. O outrora papão transalpino parece, sim, um rapaz assustado à procura de quem resolva com um lance genial.
Sem Zaza nem Cutrone para a frente, Insigne foi testado como falso nove, acompanhado por Chiesa e Bernardeschi, um trio inédito e que até esteve mais próximo da baliza. Os extremos vinham para a zona central e condicionaram os ucranianos com deambulações. Insigne assustou aos 22’. Foi preciso Bernardeschi sacar de um lance individual para abrir o ativo, já na segunda parte. O remate do colega de Ronaldo – diga-se em grande momento e o que melhor aproveitou a chance – ficou favorecido pela má abordagem do guardião Pyatov.
Fora do Mundial’2018, falta talento individual à Squadra Azzurra, perdida no marasmo dos remates de longe. A Ucrânia não se ficou pelos contraataques e Malinovsky, aos 62’, empatou à meia-volta, ficando perto do bis, aos 71’, em livre à barra. Donnarumma afastou ainda o cabeceamento para golo de Stepanenko na ressaca e o ex-Sporting Piccini estreou-se na seleção. A falta de poder de fogo no ataque contra Portugal (1-0) continua por resolver.