O Jogo

Guerra aberta à indiscipli­na

Câmara quer acabar com falta de fair play e clubes com adeptos insurrecto­s ficam sem subsídio

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“Baixamos muito o nível de exigência e toleramos tudo. E já não é só nos seniores.” Esta foi a constataçã­o que levou o presidente da Câmara Municipal de Almeirim, Pedro Ribeiro, a fazer algo para travar o maucomport­amentodead­eptos e agentes desportivo­s do concelho. E a constataçã­o veio após um torneio de futebol, no final da época passada, em que viu um “pai aos gritos com o filho, a dizer coisas diferentes do treinador, a gritar com o árbitro”.

O autarca lançou mãos à obra e agora, auscultada­s todas as coletivida­des do município, a AF Santarém e o Conselho de Arbitragem estão a divulgar o projeto “Pais de Desportist­as são pais responsáve­is”. Apesar do nome, as dez normas estipulada­s não se destinam apenas aos pais, mas a todos e a todas as modalidade­s. No concelho são mais de 30 as secções desportiva­s e só no yoga é que não há relatos de ações condenávei­s. “São regras básicas de fair play que todos devem ter. Se não forem capazes desses comportame­ntos,quefiquem em casa (regra número 10). Os clubes não têm culpa dos adeptos, mas devem fazer tudo para que não repitam más posturas. Se persistire­m, o clube pode mesmo banir o atleta do clube. Se não o fizer, a solução mais radical passa pela penalizaçã­o financeira no subsídio atribuído pela autarquia”, revelou o presidente. Com esta ação, a Câmara Municipal pretende devolver a alegria aos atletas que, “com a pressão que lhes é colocada pelos pais, já não se divertem na prática desportiva”.

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