O Jogo

BRUNO E GERALDES EM CONTRADIÇíO

Agressões de Alcochete: ex-presidente nega ter alterado hora do treino

- RUI MIGUEL GOMES

O braço-direito do presidente nos últimos anos admite que recebeu a mensagem do OLA, Bruno Jacinto, na véspera do ataque a avisar que a Juve Leo “ia à Academia”. “Não relevei a mensagem...”

Quem determinou a mudança da hora do treino do passado dia 15 de maio, quando foram consumadas as agressões a jogadores e técnicos por parte da elementos da Juventude Leonina na Academia, em Alcochete? A questão serve para que André Geraldes, team manager dos leões à época – função que assumiu depois de ter sido oficial de ligação aos adeptos (OLA) –, responsabi­lize o presidente de então, Bruno de Carvalho, pelo facto, colocando o treinador Jorge Jesus como testemunha, ainda que o dirigente destituído indiretame­nte contrarie aversão apresentad­a. No disseque disse dos envolvidos, ficou claro o distanciam­entodos antigos dirigentes, elementos próximos da estrutura nos últimos anos do clube.

André Geraldes, a O JOGO, sublinhou o que horas antes fizera ao “Correio da Manhã”, colocando o nome de Jesus na equação. “Quem mudou a

“Quem mudou a hora do treino foi Bruno de Carvalho, disse Jorge Jesus”

André Geraldes

Ex-team manager

hora do treino foi Bruno de Carvalho. Foi isso o que me comunicou o treinador Jorge Jesus”, atirou, asseverand­o que “não está envolvido” nos acontecime­ntos, ainda que confirme a mensagem que recebeu de Bruno Jacinto, então OLA, a comunicar que a Juventude Leonina “ia à Academia” no dia seguinte. “Não relevei a mensagem e até fiquei admirado. Não sabia de nada. Estava focado noutras coisas”, afiançou, recordando que a saída de Jorge Jesus estava em cima da mesa e nesse dia surgiu o caso Cashball. André Geraldes diz “não saber se o presidente sabia do ataque”.

Fonte próxima de Bruno de Carvalho, depois de contacto de O JOGO ao ex-presidente, atira a responsabi­lidade da mudança do treino para Jorge Jesus, contrarian­do a versão de André Geraldes. Aludindo

O nosso jornal procurou contactar Jorge Jesus sobre o seu alegado envolvimen­to no caso, mas até ao fecho da edição tal não foi possível

a reuniões do dia 14 de maio com departamen­to de scouting, equipa técnica, staff e jogadores, é recordado que, no final do encontro com o treinador, este “comunicou que por ser possível a administra­ção da SAD ser aconselhad­a pelos advogados [que seriam consultado­s na manhã do dia 15 sobre as possibilid­ades de despedimen­to do treinador] a já não ser ele a treinar a equipa para a final da Taça de Portugal, ia alterar o horário do treino do dia seguinte das 10h00 para as 16h00”, quando se verificou o ataque. “Na reunião com a equipa técnica, Jorge Jesus não foi suspenso nem despedido, mas foi informado de que o tempo dele no Sporting iria chegar ao fim”, acrescento­u a dita fonte. O JOGO procurou confirmar com Jorge Jesus estes factos, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.

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