“Posso marcar 18 golos”
“Não dá para fazer esquecer Gelson” “Sporting tem as suas armas para discutir o título”
Pré-época atípica, lesões de jogadores importantes como Mathieu ou Bas Dost, mas uma vontade incrível de demonstrar qualidade. Eis Raphinha na primeira grande entrevista desde que veste de leão ao peito
Chegar ao topo é o pensamento que reina no Sporting. É verdade que existem condicionantes, mas também uma grande vontade de evoluir.
O Sporting vem de uma pesada derrota (4-2) em Portimão. Como caiu este resultado no grupo?
— É sempre muito complicado perder, ainda mais por 4-2, com um resultado um pouco “elástico”. Ninguém gosta de sofrer tantos golos num jogo. Acaba por ser um pouco revoltante, mas são coisas do futebol – infelizmente acontecem. Vamos para dentro de campo para disputar qualquer resultado, pois queremos sempre vencer, mas o empate e a derrota também acontecem... Acabámos por perder com um resultado em que sofremos muitos golos, mas o campeonato ainda é longo e há muita coisa para acontecer. Vamos continuar a trabalhar para conseguirmos as vitórias que pretendemos.
É mau este período de paragem? Era desejo do grupo jogar de imediato para reagir ao mau resultado de Portimão?
— Vimos de uma sequência de jogos muito pesada, viagens longas e acredito que esta paragem seja boa para descansarmos um pouco e voltarmos melhor para o campeonato.
José Peseiro tem pedido calma, vincando que este Sporting tem potencial, mas que tem de evoluir “passo a passo”. Acreditam que podem, mesmo perante todas as circunstâncias que envolveram a preparação da época, conquistar o título?
— O campeonato está apenas no início, temos quatro pontos de diferença para o líder e, como disse, muita coisa pode acontecer. Tudo é possível!
Sente que o Sporting luta com as mesmas armas dos rivais, Benfica e FC Porto?
— Cada um luta com o que tem. Nós temos as nossas armas e eles as deles. Com as nossas armas, vamos fazer o possível para chegar lá acima.
Conhece bem a zona e o clube: coloca o Braga na
corrida por este título?
—Tem uma equipa muito forte,organizada, está sempre a lutar pelas competições europeia senão ficaria surpreendido se lutasse pelo título.
Além desse contexto invulgar que envolveu a preparação da época, o Sporting tem tido várias baixas, de jogadores importantes, como Bas Dost e Mathieu. Crê que os seus regressos ajudarão a melhorar o vosso futebol?
— Estamos a falar de jogadores de muita qualidade, mas temos outros que podem corresponder à altura, como são os casos de Mon ter oeAnd ré Pinto. Com certeza que quando voltarem de lesão vão ajudar muito o grupo, tal como o Montero e o André Pinto têm feito.
Sente que a equipa está demasiado condicionada pela pré-temporada atípica e que isso se tem refletido no arranque de temporada em termos físicos?
— Como tivemos uma sequência de jogos seguidos, isso acabou por pesar um pouco, o corpo acaba por sentir isso. Chega uma altura em que surgem as lesões e isso complica.
Montero tem feito alguns golos – três nos últimos três jogos –, mas ter Bas Dost não traz outro estilo de jogo?
— Têm características diferentes. O Montero segura mais a bola, gosta de tê-la no pé para apoiar, enquanto o Bas Dost a recebe mais na área, para ganhar de cabeça. São jogadores com características diferentes que podem ajudar a equipa.