O Jogo

“Posso marcar 18 golos”

“Não dá para fazer esquecer Gelson” “Sporting tem as suas armas para discutir o título”

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Pré-época atípica, lesões de jogadores importante­s como Mathieu ou Bas Dost, mas uma vontade incrível de demonstrar qualidade. Eis Raphinha na primeira grande entrevista desde que veste de leão ao peito

Chegar ao topo é o pensamento que reina no Sporting. É verdade que existem condiciona­ntes, mas também uma grande vontade de evoluir.

O Sporting vem de uma pesada derrota (4-2) em Portimão. Como caiu este resultado no grupo?

— É sempre muito complicado perder, ainda mais por 4-2, com um resultado um pouco “elástico”. Ninguém gosta de sofrer tantos golos num jogo. Acaba por ser um pouco revoltante, mas são coisas do futebol – infelizmen­te acontecem. Vamos para dentro de campo para disputar qualquer resultado, pois queremos sempre vencer, mas o empate e a derrota também acontecem... Acabámos por perder com um resultado em que sofremos muitos golos, mas o campeonato ainda é longo e há muita coisa para acontecer. Vamos continuar a trabalhar para conseguirm­os as vitórias que pretendemo­s.

É mau este período de paragem? Era desejo do grupo jogar de imediato para reagir ao mau resultado de Portimão?

— Vimos de uma sequência de jogos muito pesada, viagens longas e acredito que esta paragem seja boa para descansarm­os um pouco e voltarmos melhor para o campeonato.

José Peseiro tem pedido calma, vincando que este Sporting tem potencial, mas que tem de evoluir “passo a passo”. Acreditam que podem, mesmo perante todas as circunstân­cias que envolveram a preparação da época, conquistar o título?

— O campeonato está apenas no início, temos quatro pontos de diferença para o líder e, como disse, muita coisa pode acontecer. Tudo é possível!

Sente que o Sporting luta com as mesmas armas dos rivais, Benfica e FC Porto?

— Cada um luta com o que tem. Nós temos as nossas armas e eles as deles. Com as nossas armas, vamos fazer o possível para chegar lá acima.

Conhece bem a zona e o clube: coloca o Braga na

corrida por este título?

—Tem uma equipa muito forte,organizada, está sempre a lutar pelas competiçõe­s europeia senão ficaria surpreendi­do se lutasse pelo título.

Além desse contexto invulgar que envolveu a preparação da época, o Sporting tem tido várias baixas, de jogadores importante­s, como Bas Dost e Mathieu. Crê que os seus regressos ajudarão a melhorar o vosso futebol?

— Estamos a falar de jogadores de muita qualidade, mas temos outros que podem correspond­er à altura, como são os casos de Mon ter oeAnd ré Pinto. Com certeza que quando voltarem de lesão vão ajudar muito o grupo, tal como o Montero e o André Pinto têm feito.

Sente que a equipa está demasiado condiciona­da pela pré-temporada atípica e que isso se tem refletido no arranque de temporada em termos físicos?

— Como tivemos uma sequência de jogos seguidos, isso acabou por pesar um pouco, o corpo acaba por sentir isso. Chega uma altura em que surgem as lesões e isso complica.

Montero tem feito alguns golos – três nos últimos três jogos –, mas ter Bas Dost não traz outro estilo de jogo?

— Têm caracterís­ticas diferentes. O Montero segura mais a bola, gosta de tê-la no pé para apoiar, enquanto o Bas Dost a recebe mais na área, para ganhar de cabeça. São jogadores com caracterís­ticas diferentes que podem ajudar a equipa.

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