O Jogo

“Abraçámos todos a causa do Nani”

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Caso com o capitão já lá vai, assim como o fatídico dia 15 de maio, na Academia. Raphinha não presenciou o ataque, mas viveu uma situação semelhante em Guimarães. O “melhor” é mesmo seguir em frente...

Nani é importante, mas não é só o capitão que dá tarimba a este Sporting. Bruno Fernandes, Coates, Bas Dost e Mathieu são, segundo o extremo, essenciais num grupo que teve várias baixas.

Recentemen­te, Nani, pelo episódio que se passou em Braga, foi afastado momentanea­mente por Peseiro. Voltou e disse que o que aconteceu deve “servir de exemplo” para todos os jogadores. Como é que o grupo reagiu a esse facto?

— Para dizer a verdade, nem sabia que tinha acontecido. Fiquei a saber durante a semana. Mas foi resolvido. O míster conversou com os jogadores, o Nani conversou com os jogadores e abraçámos todos a causa do Nani. Foi resolvido da melhor maneira possível.

Sente em Nani o líder ideal para o plantel do Sporting?

— Não só o Nani, mas também o Bruno [Fernandes], o Seba [Coates], o Bas [Dost] e até mesmo oMathi eu. Sãojog adores muito experiente­s que ajudam sempre os mais novos.

Portanto, é um plantel do Sporting bem entregue?

— Sem dúvida. Eles sabem o que se passa no futebol e estão a ajudar quem está a começar, como é o meu caso, como é o caso do Jovane também.

Quando chegou ao Sporting, o ataque à Academia ainda era um assunto “quente”. Sentiu alguma retração dos jogadores que passaram pelo episódio?

— Quando cheguei, esperava que o ambiente estivesse um pouco mais tenso, mas não, os jogadores estavam todos tranquilos. As pessoas do staff passaram-nos muita confiança e os jogadores ficaram supertranq­uilos. O que passou, passou, e a vida segue em frente.

Também assistiu à reentrada de Battaglia, Bruno Fernandes e Bas Dost, três dos jogadores que rescindira­m. Como é que o grupo os recebeu e como é que todos reagiram por voltarem ao sítio onde se passou um dos episódios mais marcantes

da história do clube?

— São três jogadores de muita qualidade e acho que estamos todos de acordo nesse sentido. Para o grupo, todos os jogadores que vêm para acrescenta­r são sempre bem-vindos e com eles não foi diferente.

Mas sentiu que algum deles chegou ainda marcado com o que aconteceu?

— O que aconteceu na Academia foi grave e sem dúvida que deixa marcas. Mas todos os jogadores tentaram abstrair-se da melhor forma possível. Resume-se a isso.

Passou por uma situação idêntica no V. Guimarães... Cerca de 30 adeptos invadiram o treino e foi noticiado que houve agressões a jogadores. Foi um episódio tão grave como aquele que se passou na Academia Sporting?

— Infelizmen­te são coisas que acontecem: não só aqui, mas também no Brasil. São episó-

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“O que aconteceu na Academia foi grave e sem dúvida que deixa marcas. Mas o que passou, passou”

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dios lamentávei­s que não estamos à espera que aconteçam no futebol. O futebol é um espetáculo, quer para quem está dentro quer para quem está fora. O que aconteceu foi lamentável e espero que não aconteça mais.

Qual foi a sua reação nesse momento? Qual foi a reação do grupo a esse momento? Alguém equacionou avançar para uma rescisão alegando justa causa, como aconteceu no Sporting?

— É complicado... Estás lá e não esperas que is sová acontecer.Quando acontece, não tens reação e ficas à espera do que vai acontecer, do que é que [os adeptos] vão dizer ... Foi uma situação complicada ... Mas graças a Deus que acabou por não acontecer nada de grave. Isso aconteceu devido aos resultados, que não estavam a ser os melhores. Faz, infelizmen­te, parte do futebol.

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