“NÓS QUEREMOS É SER CAMPEÕES”
AMBIÇÃO Júlio Mendes disse, na AG em que foram aprovadas as contas de 2017/18, que não queria comparações com o Braga
“Em 2022, o clube não precisará de lançar mão dos créditos que tem na SAD para pagar dívidas”
Júlio Mendes
Presidente do V. Guimarães
Com 20 votos contra e 40 abstenções, os cerca de 200 sócios presentes na AG aprovaram as contas de 2017/18, que apresentaram um lucro de 300 mil euros e um passivo que desceu para 8,9 milhões
Cerca de 200 sócios do V. Guimarãesaprovaramontem, em assembleia geral, as contas relativas a 2017/18, que apresentaram um lucro de 300 mil euros e um passivo que desceu dos 9,9 milhões para os 8,9 milhões de euros ao longo da época passada – o ativo cifra-se nos 34,9 milhões de euros e o capital próprio nos 26 milhões.
A AG que decorreu no pavilhão do clube ficou marcada pela intervenção do sócio Roriz Mendes. “O que nos interessa nas contas é que o passivo da SAD é de 23 milhões de euros. Somos campeões todos os anos se ficarmos à frente do Braga. Está na hora de rever o protocolo com a SAD.” Um pedido que teve uma reação quente por parte do presidente do V. Guimarães. “O senhor perdeu legitimidade para falar quando o convidei para fazer parte de uma Direção e não se mostrou disponível. Está desatualizado. Demonstrámos resultados do nosso trabalho, abrimos capital aos sócios por duas vezes, e qual foi a subscrição que fizeram? O senhor podia ser o sócio maioritário e não é. Não tem moral, está a fazer intervenções populistas e sofre de um problema de complexo de inferioridade, não nos queremos comparar com o Braga, queremos é ser campeões”, assumiu, exaltado.
Com cerca de 20 votos contra e 40 abstenções, os sócios viabilizaram um documento que mostra que o clube obteve lucro pelo segundo ano consecutivo, graças a um saldo positivo de 1,3 milhões de euros entre rendimentos e gastos, depois reduzido com juros,impostos,amortizações e depreciações. As receitas do clube caíram dos 5,3 milhões de euros para os cinco milhões, em 2017/18, atendendo a que a receita transferida da SAD para o clube desceu dos 906 mil para os 326 mil euros. Quanto aos gastos, subiram dos 3,4 para os 3,7 milhões de euros, devido à maior parcela de quotização entregue pelo clube à SAD, à subida de 15 por cento do investimento nas modalidades, para um valor superior a 800 mil euros, e à subida de gastos com pessoal.
Considerando que “o Vitória tem vindo, ano após ano, a reduzir a dívida herdada em 2012”, Júlio Mendes sublinhou que o plano traçado há seis anos e meio está a ser cumprido na integra”, prometendo que “em 2022, ano do centenário, o clube não precisará de lançar mão dos créditos que tem na SAD para pagar dívidas”.