Fernando Santos “Jogadores mostraram atitude e confiança”
Selecionador nacional considerou que não foi “uma exibição deslumbrante”, mas gostou do que viu em Glasgow, em especial na segunda parte
“Nos primeiros 15 ou 20 minutos, praticámos um futebol muito igual e sentimos algumas dificuldades”
“Na segunda parte, a equipa libertou-se mais, foi para o jogo com outra clarividência e dominou”
“O Éder sempre fez parte deste grupo. As pessoas gostam de excluir jogadores, mas não há ninguém excluído”
“Não gosto da expressão nova geração. Fiquei com a certeza de que tenho muitos jogadores disponíveis para jogar na Seleção Nacional”
Fernando Santos não gosta da expressão “nova geração” e preferiu, mais uma vez, concluir que tem “muitos jogadores disponíveis” com condições de representar a Seleção Nacional
Fernando Santos reconheceu que “não terá sido uma exibição deslumbrante”, mas fez questão de “dar os parabéns aos jogadores pela atitude, pela entrega, pela confiança e serenidade que demonstraram”. O selecionador nacional admitiu também que “não foi fácil por ter sido a primeira vez que estes jogadores atuaram em conjunto”. “Notou-se alguma ansiedade no início. Nos primeiros 15 ou 20 minutos, praticámos um futebol muito igual e sentimos algumas dificuldades. A Escócia joga um futebol muito rápido, muito para a frente, com muito combate físico e espaço aéreo e tinha dito aos jogadores que era importante termos a bola no chão para depois praticar o nosso futebol”, adiantou, considerando que “a equipa melhorou bastante a partir dos 25 minutos”. “As linhas subiram melhor, os escoceses deixaram de ter bola, começámos a tomar conta do jogo e acabámos por fazer o golo numa excelente jogada de envolvimento. Na segunda parte, a equipa descomprimiu, libertou-se mais, jogou com outra clarividência e claramente dominou. A Escócia já não conseguiu atacar. Todos os golos foram excelentes, isso também é importante num jogo de futebol. Pena foi termos sofrido este golo no final”, salientou o treinador que ontem completou 59 jogos como selecionador.
Fernando Santos disse, mais uma vez, que não gosta da expressão “nova geração”. “Fiquei com a certeza de que tenho muitos jogadores disponíveis para jogar. Se não tivesse essa certeza não os tinha convocado. Convoco-os porque tenho a certeza de que têm condições para jogar e depois, nos jogos e nos poucos dias de treinos, é que têm de demonstrar se têm capacidade para jogar”, explicou.
Embora tenha recusado “individualizar”, o selecionador nacional falou do regresso de Éder. “O Éder sempre fez parte do grupo. As pessoas gostam de excluir jogadores, mas não há ninguém excluído ”. E sobre dois dos estreantes – Hélder Costa e Pedro Mendes – limitou-se a dizer: “Essa avaliação é para mim.”