O Jogo

Pizzi sente-se “importante” (e bem pago)

O outubro louco do miúdo Jota

- FREDERICO BÁRTOLO VÍTOR RODRIGUES

Águias aumentaram o salário ao médio

A duração do vínculo mantém-se até 2022 e a cláusula de 45 milhões de euros permanece imutável. Abundância de médios deixava a porta entreabert­a no verão, mas exibições provaram a importânci­a

A renovação de Pizzi foi ontem uma novidade que caiu nas redes sociais do Benfica. Com contrato válido até 2022, o transmonta­no acertara um vínculo em janeiro de 2017. Não era previsível, portanto, que o médio chegasse a acordo para renovar, especialme­nte quando o Benfica tem as situações de Salvio e Samaris por resolver. Porém, assim foi: manteve-se a cláusula de rescisão, apurou O JOGO, cifrada nos 45 milhões de euros, e a mesma altura de termo (2022), época no qual o natural de Bragança terá 33 anos. O prémio pelas recentes exibições valeram-lhe uma melhoria nas condições contratuai­s. Soma seis golos e seis assistênci­as, com 40% de influência nos tentos encarnados e não há quem o supere.

Tem sido Pizzi e mais dez desde que Rui Vitória chegou ao comando do Benfica, já depois de o internacio­nal português ter chegado com Jorge Jesus e de se ter adaptado à posição 8 após a saída de Enzo Pérez. E o jogador sabe-o bem, sentindo esse estatuto na Luz. “É sempre ótimo ver o nosso valor reconhecid­o. Claro que desejava esta renovação. O Benfica estava de acordo com isto. Sinto-me feliz e orgulhoso. Não me sinto uma referência. Tenho vindo a jogar muito, sinto que sou importante no campo e no balneário, são muitos anos a trabalhar nesta instituiçã­o”, referiu.

Pizzi vai na quinta época de águia ao peito. Foi contratado por 14 milhões de euros ao Atlético de Madrid e tem-se destacado também pela polivalênc­ia. Renato Sanches agarrou o lugar no miolo encarnado em 2015/16, porém Pizzi não perdeu preponderâ­ncia jogando pelo corredor. Em 2016/17, foi eleito o melhor do campeonato e acabou a temporada com 13 golos e 12 assistênci­as. Na última época, os encarnados sentiram a falta do melhor Pizzi e só quando Krovinovic abriu as portas ao 4x3x3, o transmonta­no subiu de produção. Frontalmen­te, comparou a última época ao fulgurante início de época de 2018. “[Agora] Não é o melhor Pizzi, é um Pizzi num bom momento de forma. Sinto-me solto, feliz e pronto a ajudar os meus companheir­os. Precisava de descanso”, afirma, recordando como a presença na Taça das Confederaç­ões em 2017 lhe retirou tempo de férias para a época seguinte.

Gabriel chegou esta temporada, Ramires esteve na equação, apareceu o promissor Gedson e regressará brevemente Krovinovic. Pizzi, no

Pizzi abordou o menor rendimento em 2017/18 e referiu o pouco tempo de descanso após a Taça das Confederaç­ões como explicação

entanto, continua estanque e cativo, seja no meio ou nos corredores. Sair da Luz esteve em equação, mas o início avassalado­r reforçou a convicção de manter o transmonta­no. Esta renovação pode mesmo abrir a possibilid­ade de o médio ocupar uma das faixas, em caso de necessidad­e, recordando novamente a possível saída de Salvio. Isto porque no meio as opções são abundantes. Também permitem gerir a condição e evitar o desgaste do último ano. Para já, dá o mote para reconquist­ar as insígnias de campeão. “Não traço metas a longo prazo. Vou trabalhar no presente para melhorar no futuro. Quero conquistar mais títulos”, afiançando que o sabor de vencer um campeonato pelo Benfica “só pode ser explicado por quem o vive” e que o presidente Luís Filipe Vieira é muito influente no balneário por “estar sempre disponível para ajudar”.

Atualmente, é o melhor marcador dos encarnados e pode seguir a passos largos para a melhor temporada em termos de golos (13) e assistênci­as (12). Com Rui Vitória já tem 30 jogos na Liga dos Campeões... em 30 possíveis. Nestes, foi titular em 26. No plantel encarnado não há ninguém que o iguale. Das 15 partidas até aqui, Pizzi só falhou o Sertanense.

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