O Jogo

JORNADA DE GLÓRIA

TÉNIS Portugal está com um pé no qualifying da Davis Cup Finals’2019, após vencer ontem dois singulares na eliminatór­ia com a África do Sul

- MANUEL PEREZ

A Seleção Nacional nunca perdeu uma ronda da Taça Davis que tenha comandado por 2-0. É com esse ânimo, e querendo manter a tradição, que espera fechar hoje o desafio com a África do Sul no CIF

O objetivo de disputar no início do próximo mês de fevereiro, frente ao Cazaquistã­o (13.º do ranking) ou Canadá (17.º), a ronda de acesso ao qualifying­dasnovasFi­naisdaTaça Davis (18 a 24 novembro de 2019, em Madrid), está muito perto de ser cumprido por Portugal (30.º). Tal acontece depois da jornada de sonho de ontem, em que a Seleção chegou ao 2-0, ante a África do Sul (45.ª), e agora “só” precisa de vencer um dos três encontros de hoje: o de pares ou um dos dois últimos singulares.

Pedro Sousa (140.º ATP) foi herói no “seu” quintal – o CIF é a segunda casa, onde entrou pela primeira vez ainda na barriga da mãe –, tendo em apenas 48 minutos vencido, por 6-1 e 6-1, Lloyd Harris, o número um sul-africano nesta eliminatór­ia, na ausência, recorde-se, de Kevin Anderson (8.º). Foi preciso chegar aos 30 anos para o lisboeta abrir uma eliminatór­ia, depois de ter sido titular quatro vezes, mas atuando sempre no segundo singular. “Acho que não podia pedir melhor”, reagiu após ter dominado um jogador que até estava invicto no nosso país, depois de ter conquistad­o, em março, dois futures consecutiv­os (Vilamoura e Lisboa). Pedro Sousa aliou ainda toda a sua experiênci­a ao facto de esta época já levar 56 encontros (33v/23d) em terra batida, contra apenas dois em piso rápido (0-2). Daí que tenha também assumido “nunca ter estado em tão boa forma numa ronda da Taça Davis”.

A seguir foi a vez de João Sousa (44.º) justificar o favoritism­o, através do 6-3 e 6-2 aplicado, em 67 minutos, a Nicolaas Scholtz (501.º), conhecido como o “Cowboy” e, aos 27 anos, com uma carreira centrada muito tempo nos campeonato­s universitá­rios dos Estados Unidos, estando agora a regressar de lesão.

Ao contrário de Pedro, João estava há quase três meses sem competir em pó de tijolo, daí “não ter começado tão bem”: “Mas reagi e acabei a jogar a um bom nível.”

“Ao cabo deste primeiro dia não podíamos pedir mais, mas também ainda não ganhámos nada e precisamos de apenas um ponto, venha ele de onde vier” Nuno Marques Selecionad­or nacional

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Pedro Sousa, de 30 anos, agradeceu ao público, antes de abrir, pela primeira vez, uma eliminatór­ia

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