Marques fica para a história
Despedida como selecionador acontece deixando, pelo segundo ano consecutivo, Portugal às portas da elite
Eis uma nova era no ténis português, após Nuno Marques decidir passar a trabalhar em exclusivo na Rafa Nadal Academy, em Maiorca. Para trás ficam duas proezas com a assinatura do portuense 23 anos, Portugal está, pela segunda vez consecutiva, a uma vitória de fazer parte das melhores equipas da Taça Davis. Em 1994, José Vilela era o selecionador quando Portugal perdeu o play-off de acesso ao Grupo Mundial, na Foz do Douro, ante a Croácia. Em 2017 coube a Nuno Marques conduzir a equipa a essa fase, mas sem sucesso, fruto do desaire, no Jamor, com a Alemanha. No passado fim de semana (4-0 à África do Sul), na sua última eliminatória, o portuense deixou a Seleção a um triunfo da elite, desta vez num play-off, em fevereiro, em novos moldes, frente a Canadá (casa) ou Cazaquistão (fora), acedendo o vencedor às novas Davis Cup Finals’2019.
Foram 13 as rondas (2014 a 2018) em que Marques foi capitão, com sete vitórias e seis derrotas, mas sem vencer os quatro embates disputados fora de casa. Antes dele, o cargo de selecionador fora ocupado por Pedro Cordeiro (2005 a 2013; 14v/8d), que deixou uma marca difícil de igualar: ganhou todas as (dez) eliminatórias em casa. Os outros selecionadores com mais de dez rondas na Taça Davis foram JoséVilela(1994a2003;11v/12d) e José Carlos Santos Costa (1984 a 1993; 8v/10d).