O Jogo

NANI REAPARECE AO MEIO PARA FAZER “ESTRAGOS”

ALTERAÇÃO Nos três últimos jogos do Sporting e perante a lesão de Raphinha, capitão assumiu controlo do jogo ofensivo dos leões: um golo e duas assistênci­as são o registo do 17 neste período

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Vorskla, Portimonen­se e Loures: eis os adversário­s frente aos quais o técnico dos lisboetas explorou o lado criativo do extremo em zonas interiores. Exceção pode virar regra, mesmo com regresso do camisola 21

A lesão que Raphinha contraiu frente ao Portimonen­se,jogo que terminou com a derrota do Sporting, por 4-2, abriu uma oportunida­de para Nani explorar o seu futebol em... zonas interiores. Parece, à primeira vista, contraprod­ucente, uma vez que José Pesei rose viu privado deu mext remo eé essa aposição deraiz do camisola 17.

Mas vamos por partes. Tudo começa em Poltava, diante do Vorskla: o técnico dos verdes e brancos muda precisamen­te pelo pouco tempo que teria para recuperar os habituais titulares rumo ao embate do Algarve. Mané atuou sobre a direita, Acuña à esquerda e Nani no apoio a Montero; e seguimos direto até Portimão: no embate a contar para a sétima jornada do campeonato, o brasileiro saiu ao intervalo e Nani, que começou no banco, é lançado para dar apoio nas costas de Montero, movendo Bruno Fernandes para a esquerda e mantendo Jovane à direita. É como ajudante do ponta de lança que deu a Montero a oportunida­de de marcar após cruzamento rasteiro da esquerda; foi também nessas funções que centrou para a cabeça de Coates, uruguaio que fez o segundo do Sporting.

No sábado, contra o Loures, e ainda com Raphinha de fora, Peseiro voltou a lançar Nani no meio, mas agora para tentar ligar o meio-campo ao homem mais adiantado, Castaignos. Apontou o 2-0 e só o fez porque apareceu no corredor central para finalizar uma jogada desenhada por Jovane que o jovem cabo-verdiano não conseguiu transforma­r em golo.

As conclusões são simples: Nani está a render ao meio pelo seu lado mais criativo, já superou em nove jogos o número de golos que fez em 25 com a camisola da Lázio (quatro contra três) e não é líquido que regresse às alas quando Raphinha estiver operaciona­l. Isso implicaria, por exemplo, voltar a sentar Jovane, que continua a reclamar minutos junto de José Peseiro. O segredo pode estar mesmo na junção destes três elementos numa só linha, puxando, como aconteceu em Alverca, Bruno Fernandes para zonas mais recuadas. Posição que, diga-se, não lhe é estranha.

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Nani jogou ao meio diante do Loures e apontou o segundo golo

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