O Jogo

DONO DA TAÇA AMEAÇADO

DIFICULDAD­E Sintético do Sacavenens­e acolheu a receção ao Aves, vencedor da última Taça de Portugal, e não ficou sempre patente quem milita na I Liga. Jogo ficou fechado aos 90’+5’

- FREDERICO BÁRTOLO

Sem a pressão de ser o atual titular da Taça de Portugal, mas com a noção de que todos querem arredar o campeão. O Aves sentiu e bem como está viva a vontade de os emblemas de escalões inferiores fazerem história. E o Sacavenens­e cumpriu, batendo-se de igual para igual. O terceiro golo da formação da I Liga chegou aos 90’+’5’, já depois de o guardião Cardoso subir à área num suspiro final.

Encaixados­em4x3x3,ofoco dos conjuntos passou por usufruir os extremos. A equipa do Campeonato de Portugal, invicta em casa desde 3 de dezembro de 2017, queria repetir a graça: eliminou o Alverca e o Varzim. Sustentado­s pelo bálsamo do público e de conhecer os ressaltos do piso sintético, assustaram três vezes nos primeiros 30 minutos. Duas vezes de bola parada, a última num tiro de entrada da área de Xavier Fernandes. Só sabendo ganhar em casa, nem o golo de Diego Galo, aos 33’, deitou por terra o sonho de Sacavém. Aos 35’, Ivo Brás comprovou-o. Que nem seta, o formado no Casa Pia driblou Rodrigo Soares e atirou cruzado. Os adeptos da casa, muitos espalhados pelo muro ao longo da bancada, vociferara­m de alegria. José Mota fez o mesmo, mas de insatisfaç­ão devido a um fora de jogo que pareceu existir.

A reação do Aves foi de primeira. Controlado­s, circularam na pouca largura, num campo usado pela formação do Sacavenens­e, e Mama Baldé assistiu Derley. O dianteiro picou aos 42’.

Na segunda parte houve maior batalha, porém o Aves congelou o encontro. Primeiro com bola, sob a batuta de Vítor Gomes, depois com o cronómetro. Braga e Derley poderiam ter fechado o encontro, mas a diagonal de Luís Mota voltou a adensar a preocupaçã­o. O Sacavenens­e não abdicou do processo e da posse, já o Aves acabou encostado à linha de canto a segurar a bola. Num sufoco no último livre batido para a área, Nildo acelerou e, de baliza deserta, coroou o regresso com golo.

“Vitória é justa. Podíamos ter dado o golpe fatal antes, mas foi jogo difícil”

José Mota

Treinador do Aves “Se não houvesse símbolo, não se distinguia quem é da I Liga”

Bruno Dias

Treinador do Sacavenens­e

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Fariña (em primeiro plano) é travado por Iaquinta

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