O Jogo

Outra vez nos penáltis

QUASE Depois de ter forçado o V. Guimarães a prolongame­nto (em 2014/15) e o Portimonen­se a penáltis (na época passada), o Moura voltou a fazer sofrer até ao fim uma equipa da I Liga

- RODRIGO CORTEZ

Pelo segundo ano consecutiv­o, o Moura esteve quase a eliminar da Taça de Portugal uma equipa da I Liga. Depois do Portimon ense em2017/18, agora, frente ao Marítimo, caiu outra vez nas grandes penalidade­s e de novo após um nulo ao fim dos 90 minutos e do prolongame­nto. Em 2014/15 também forçara o V. Guimarães a prolongame­nto, pelo que no Alentejo já há quem lhe chame a “equipa do quase”.

Mas as gentes da casa bem podem estar orgulhosas deste grupo de atletas talhado para fazer sofrer os grandes de Portugal. A cidade de Moura só não está agora em festa por... milímetros. Isto porque, aos 67’, Miguel Abreu encheu o pé de fora da área e a bola esbarrou no poste esquerdo da baliza de Charles. A sorte não quis nada com os alentejano­s, tal como aconteceu nos descontos, quando, após um canto, Simão Júnior saltou mais alto numa molhada de jogadores junto ao segundo poste e, apesar de muita gente gritar golo – inclusive o próprio Simão –, o árbitro e o assistente não deram sinal de a bola ter entrado. Houve protestos veementes e, nas bancadas, havia quem jurasse ter visto a bola transpor a linha, mas a verdade é que foi mesmo tudo para prolongame­nto.

Antes disso, aliás, também houve um penálti favorável ao Moura que o árbitro não viu. Contas feitas, portanto, os alentejano­s tiveram mais do que ocasiões para festejarem o apuramento, já sem falar nas grandes penalidade­s, quando os falhanços iniciais de Danny e Rodrigo Pinho escancarar­am as portas à equipa da casa. Mas aí Charles virou herói e defendeu três penáltis, oferecendo a passagem aos madeirense­s.

A equipa visitante, apesar de tudo, trabalhou para se apurar, efetuando um total de 23 remates e desperdiça­ndo várias ocasiões flagrantes de golo, a última das quais já aos 114’, quando Rodrigo Pinho obrigou Gilson a voar para safar o Moura.

“Tínhamos obrigação de resolver mais cedo, mas respeitámo­s sempre o adversário e não facilitámo­s” Cláudio Braga Treinador do Marítimo “Foi injusto, mas o futebol não é feito de justiça. Não soubemos aproveitar as hipótese que tivemos” Rui Maside Treinador do Moura

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Simão Júnior (à esquerda) em luta com Rodrigo Pinho

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