O Jogo

SAD prevê 21 milhões em vendas

SAD espera garantir em 2018/19 mais de 20 milhões de euros com a venda de jogadores, de forma a atenuar a ausência das receitas provenient­es das competiçõe­s europeias

- PEDRO MARQUES COSTA

Apesar da ausência nas competiçõe­s europeias e do “investimen­to fortíssimo” realizado na equipa de futebol, o orçamento para 2018/19 prevê o maior lucro da história da SAD (5,47 milhões de euros)

Depois de aprovado o relatório e contas referente ao exercício de 2017/18, que apresentou um resultado líquido negativo de 1,83 milhões de euros, a SAD tornou público o documento que apresentou a votação na assembleia geral (AG) de acionistas e que tem detalhado, por exemplo, o preço de todos os jogadores contratado­s durante a última época (ver quadro ao lado) e do qual resultou o “maior investimen­to” da história da sociedade – cerca de 13,2 milhões de euros.

No entanto, o facto mais relevante da última AG acabou por ser a apresentaç­ão do orçamento para a atual temporada, de 2018/19, e que prevê um “lucro recorde” de 5,47 milhões de euros. Ora, O JOGO foi tentar perceber como é que a SAD pretende chegar a este número mágico precisamen­te num ano em que “projetou um plano de investimen­to fortíssimo” para a “equipa principal” – página 33 do relatório e contas – e em que se viu afastada de forma prematura das competiçõe­s europeias, ou seja, perdeu a possibilid­ade de voltar a encaixar uma verba significat­iva com os prémios de participaç­ão (na última época ganhou 7,1 milhões de euros por ter chegado aos 16 avos de final da Liga Europa).

A resposta a esta pergunta está, essencialm­ente, na previsão do cresciment­o de receitas provenient­es das mais-valias a serem efetuadas com a venda do passe de jogadores; neste parâmetro, os acionistas foram confrontad­os com a intenção da SAD de garantir mais de 21 milhões de euros em transferên­cias, superando largamente os valores do último exercício (15,1 M€).

A boa notícia sobre este assunto, pelo menos na perspetiva do adepto, é que parte substancia­l desta verba já está assegurada através da venda de Vukcevic ao Levante – ocorreu depois do fecho do exercício, já em julho – e do pagamento dos valores referentes ao segundo ano de empréstimo de Bruno Jordão e Pedro Neto à Lázio. Estes três negócios vão permitir a entrada de 15,2 milhões de euros no atual exercício, sendo, por isso, ainda necessária a realização de mais seis milhões de euros em transferên­cias até ao final do mês de junho.

Em contrapart­ida, a SAD anunciou que “o investimen­to projetado para a época de 2018/19 éo maior da história da sociedade”, tendo ainda catalogado as metas desportiva­s propostas a Abel Ferreira para esta temporada: atingir a final da Taça de Portugal e estar presente na final-four da Taça da Liga, que se realizará em Braga, são mesmo os “grandes objetivos” anunciados pela SAD, aos quais se seguem a tentativa de “melhorar a classifica­ção” obtida no último campeonato.

O relatório e contas ontem tornado público serviu também par aperceber que a entra da em funcioname­nto da Cidade Desportiva e a consequent­e incorporaç­ão do fute- bol de formação na SAD “acar- retou uma despesa anual adicional próxima de um milhão de euros.”

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Vukcevic foi vendido ao Levante

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