O Jogo

DYBALA FEZ DE RONALDO

No regresso a “casa”, o internacio­nal português não marcou, mas foi dele o cruzamento que permitiu ao argentino dar os três pontos à Juve perante um United de Mourinho ineficaz

- PEDRO RIBEIRO

MANCHESTER UNITED 0 JUVENTUS 1 Estádio Old Trafford, em Manchester Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia)

MANCHESTER UNITED De Gea; Ashley Young, Smalling, Lindelof e Luke Shaw; Pogba e Matic; Rashford, Mata e Martial; Lukaku Treinador: José Mourinho

JUVENTUS Szczesny; João Cancelo (Douglas Costa 87’), Bonucci, Chiellini e Alex Sandro; Bentancur, Pjanic e Matuidi; Cuadrado (Barzagli 81’), Dybala (Bernardesc­hi 78’) e Cristiano Ronaldo

Treinador: Massimilia­no Allegri Golos: Dybala (17’)

Cartões amarelos: Matuidi (59’), Ashley Young (77’), Chiellini (83’)

Vermelhos: nada a assinalar

José Mourinho já tinha alertado que a Juventus era a mais forte candidata ao triunfo na Liga dos Campeões. Ontem, os heptacampe­ões italianos deram uma prova disso, impondo-se com facilidade perante um Manchester United ineficaz e com um jogo desgarrado, à base de esforço. De regresso a “casa”, Cristiano Ronaldo centrou as atenções, mesmo não tendo marcado. Esteve perto e foi dele o cruzamento que permitiu a Dybala fixar o 1-0 final. O golo surgiu aos 17’ e a partir daí, apenas por uma vez a Juventus viu a sua baliza tremer: foi aos 75’, com um remate de Pogba, de longe, a levar a bola a embater no poste da baliza de Szczesny. Pouco para uns diabos vermelhos que ontem mais pareceram anjos perante a experiênci­a de uma Velha Senhora...

Em jeito de premonição, pelo segundo jogo seguido o Manchester United chegou a Old Trafford quase em cima do apito inicial. Apesar de ter mudado para uma unidade hoteleira mais perto do estádio, o autocarro ficou preso no trânsito e Mourinho fez mesmo os últimos metros a pé. Um sinal do que estava para vir.

Melhor organizada, a Juve deixou o ataque entregue a Dybala e Ronaldo, que contaram com o apoio de Cuadrado, cujas derivações para o meio permitiam a subida de Cancelo pelo lado direito. E foi desse trio que nasceu o golo que desoriento­u ainda mais o United. Pogba e Matic viam-se rodeados de adversário­s e raramente municiavam Rashford, Mata e Martial, ficando Lukaku entregue à sua sorte e à espera de bolas longas. Esta opção de jogo tornou tudo mais fácil para os italianos, tendo em conta a experiênci­a doscentrai­sChiellini­eBonucci – exemplares.

A supremacia da Juve foi tal que chegou ao intervalo com 67 por cento de posse da bola e quatro remates à baliza

Ronaldo e Dybala construíra­m a terceira vitória da Vecchia Signora na Champions (contra um dos red devils). Um deles foi de Cancelo, que obrigou De Gea a voar para evitar o 2-0 (22’). O outro foi de Ronaldo, com o guarda-redes espanhol a socar para a frente um livre direto e Matuidi a recarregar mal. A toada manteve-se na segunda parte, aí com De Gea a evitar outro golo do CR7, com outro grande voo. Szczesny não apanhou sustos.

Feitas as contas, a Juve somou o terceiro triunfo, sem sofrer golos, na prova. Quanto ao United, sofreu a quarta derrota em casa nos últimos 13 jogos em todas as provas, tantas como nas anteriores 81 partidas disputadas.

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