JOÃO GANHOU A APOSTA
O avançado estreou-se a marcar nesta época, eliminando o Mirandela através de um livre direto. Especialidade até aqui desconhecida
Jorge Duarte foi colega de João Silva no Aves, em 2009/10, a época de maior rendimento – 14 golos –, que levou à transferência para o Everton (700 mil euros): “Notou-se logo que queria outros patamares”
Ao décimo jogo nesta época, João Silva descobriu o caminho do golo–ponta de lança que na temporada passada foi o melhor marcador do Feirense, com sete remates certeiros. Na partida da Taça de Portugal, em Mirandela, João vestiu a pele de herói, num lance improvável para os espectadores mais atentos do mundo dofutebol ,pois, apesar de o habitual batedor das bolas paradas, Tiago Silva, estar lesionado, estavam Babanco e João Tavares em campo, médios que normalmente se encarregam de converter esses lances, mas o avançado sentiu-se inspirado e marcou o livre direto, que carimbou o apuramento para a fase seguinte da Taça. “Não era uma especialidade dele, por isso foi uma agradável surpresa. O João é um jogador mais de área, é extremamente possante, bom finalizador e forte no jogo aéreo, desconhecia essa apetência”, comentou Jorge Duarte, que foi colega do avançado, quando este despontou no Aves, na temporada 2009/10. “Era um jogador com enorme vontade de conseguir chegar a patamares superiores e logo na primeira época como
Em 2009/10, o Everton pagou 700 mil euros por João Silva, mas FC Porto, Braga, V. Guimarães, assim como alguns estrangeiros também tinham interesse
profissional destacou-se pela quantidade de golos que marcou [14] e o levaram à transferência para o Everton. Não estávamos à espera que um atleta vindo da formação e com 20 anos tivesse tanto sucesso”, avaliou o antigo médio, que agora continua ligado ao futebol, assumindo o papel de agente. E além do clube inglês, que pagou 700 mil euros pelo seu passe, João Silva recusou o FC Porto de Villas-Boas e tinha propostas de Braga, V. Guimarães, assim como de emblemas gregos, espanhóis e alemães. Contudo, a experiência na terra de Sua Majestade não correu como esperado, algo que Jorge Duarte não dá muito relevo: “É sempre subjetivo estarmos a considerar se ele ficasse mais dois ou três anos em Portugal poderia chegar lá fora com outros argumentos. É uma questão de oportunidade e aproveitar os momentos. Ele fez um bom contrato, saiu na altura que tinha de sair e nunca saberemos se ficasse mais tempo no Aves iria manter o mesmo rendimento”, constatou.