O Jogo

NÃO PARAR, NÃO ESCUTAR, NEM OLHAR...

COLHIDOS Ao caminharem pelos carris, leões foram trucidados pelo “Expresso Welbeck”. Lisboetas fizeram boa primeira parte e seguem em segundo no grupo

- Textos FILIPE ALEXANDRE DIAS

Rapidez do 23 dos gunners “arrumou” primeiro com Ristovski e depois com o jogo. O Arsenal venceu pela primeira vez em Portugal e fez jus ao domínio na etapa segunda. Daqui a duas semanas há mais... O Sporting caiu já durante o último terço do jogo frente ao Arsenal, uma notícia que, em si, comporta pouco ou nada de chocante. Contudo, a informação mais fresca e surpreende­nte da noite de ontem em Alvalade foi mesmo a boa primeira parte dos leões, que pareceram mais motivados e dispostos a aproveitar o poderio do adversário para dar mais carne e cor a um rosto quase cadavérico, tamanha a magreza de rendimento neste início de época. A primeira parte foi dos lisboetas, a segunda dos arsenalist­as – que finalmente venceram em Portugal – e foi preciso um erro individual de Coates para dar o triunfo aos gunners. Pese o safanão, os verdes e brancos, contudo, continuam segundos no seu grupo e com tudo em aberto para seguir em frente nesta Liga Europa.

O Sporting mudou naturalmen­te e muito após uma exibição a raiar a vergonha frente ao Loures, para a Taça de Portugal.Ressurgiun­umafórmula diversa, com Petrovic, Battaglia e Gudelj a formarem meio-campo. O Arsenal que arribou a Alvalade ostentando dez vitórias seguidas nos galões e com Lacazette e Ozil no banco, em mais uma rodagem de Unai Emery. O Sporting procurou ganhar logo a iniciativa, mas o Arsenal jogava mais em construção desde trás, com Guendouzi (muito dinâmico) a assumir e alargar a primeira fase. Os leões tiveram no flanco esquerdo a sua primeira fonte de ameaça, pela ação de Acuña. Os londrinos procuravam atalhar caminho para o último terço, com os leões a fecharem melhor o espaço a partir da primeira dezena de minutos, numa fase em que o ritmo era baixo. Após duas aproximaçõ­es perigosas à baliza de parte a parte, os verdes e brancos conseguira­m finalmente gerar dificuldad­es aos gunners na saída de bola. Foi a tal ponto que à passagem da meia hora já os londrinos colecionav­am asneiras à entrada da sua área. Fruto disso, Nani andou a centímetro­s do golo e só um erro grosseiro do árbitro tirou a oportunida­de de fugir e marcar a Montero. O Sporting continuou por cima, até ter a primeira contraried­ade antes do cair do pano, quando Ristovski “rasgou”, numa disputa veloz com Welbeck. O 23 do Arsenal começava aqui a resolver...

Por baixo, o Arsenal surgiu com cara feia na etapa segunda e em oito minutos gerou três claras ocasiões de golo, só evitadas por Renan Ribeiro. Contudo, os arsenalist­as acusavam dificuldad­es na manobra de meio-campo, uma vez que Xhaka estava encostado à lateral esquerda. Contudo, as bolas para Welbeck e Aubameyang nas costas da defesa verde e branca começavam a causar sérios embaraços e a construção leonina era também sofrível em progressão – especialme­nte com Petrovic na condução. As faixas laterais foram tapadas aos lisboetas. O Sporting era agora dominado e só aos 65’ começou a sacudir, com o jogo a partir-se.

Aos 71’, Peseiro tirou Gudelj eapostouem­Jovane,mas,sete minutos depois, Coates não limpou um passe e sujou tudo, ao deixar Welbeck fugir e atropelar o leão. Resultado: 0-1.

O Sporting estava agora exaurido, só movido pelo coração, tentando ainda o empate em esquemas de jogo. O triunfo ficou bem ao Arsenal pelomaiorv­igorimpost­o,mas já se viu algo de leonino em campo. Daqui a duas semanas, há mais em Londres.

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Jovane foi aposta para agitar ainda com resultado a zero
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