O Jogo

“Provocaçõe­s devem ser canalizada­s para a vitória”

Abel Ferreira acredita que o Braga voltará a triunfar se os jogadores não se deixarem levar pelo habitual ambiente escaldante do Estádio D. Afonso Henriques em dérbis

- PEDRO ROCHA

Por entender que cada jogo “é irrepetíve­l”, o treinador garante que a goleada por 0-5 da época passada não foi motivo de conversa com os jogadores e está à espera de um Vitória diferente e organizado

Como jogador, Abel Ferreira experiment­ou os dois lados da barricada e depressa ficou com a clara noção de que “há mais coisas que unem” V. Guimarães e Braga do que “aquilo que os separa”. Sendo comum o desejo ardente de ganhar, o atual treinador dos arsenalist­as aposta num “grande” dérbi minhoto, com uma resposta à altura da parte da equipa. “É um jogo quente para homens de cabeça fria. A minha equipa terá de canalizar toda a energia, assobios e provocaçõe­s para o plano de jogo, jogando para vencer. É um jogo de emoções, sobretudo para fora, e de sentimento­s individuai­s. Temos de ajustar a nossa ansiedade de modo a podermos pensar e executar bem, sendo agressivos no bom sentido e jogando com paixão”, atirou, garantindo que a histórica vitória do Braga em Guimarães (0-5), da época passada, nem sequer foi recordada no balneário para motivar o grupo. “Zero. Não vivemos do passado, vivemos só do presente. Cada jogo é único e irrepetíve­l”, apreciou.

O que é verdadeira­mente infindável é a “rivalidade” entre os dois clubes. Abel adjetiva-a até de “bonita” ao mesmo tempo que apela ao urbanismo dos adeptos. “Cada um tem de puxar pelos seus jogadores com comportame­ntos de cidadania. Se o fizermos, prestaremo­s um bom serviço ao futebol. É isso que espero dos meus jogadores e é isso que peço aos nossos adeptos. E acredito que do outro lado também há valores e princípios”, juntou, driblando o “bocadinho de favoritism­o” assumido por Luís Castro, o treina- dor do Vitória de Guimarães. “Não comento o que dizem os meus colegas sem os ouvir. O que vale é aquilo que temos de fazer no jogo, passando das palavras aos atos. Queremos passar tudo o que treinámos para a ação, sendo fiéis à nossa identidade, plano de jogo e compromiss­o. O que gosto mesmo é de estar lá dentro, jogando para vencer, dentro das quatros linhas”, vincou. À espera de “um novo jogo, com jogadores diferentes”, o treinador dos bracarense­s prevê aindaenfre­ntarumadve­rsário “organizado, com uma filosofia bem definida e que também privilegia o futebol de posse”. “O V. Guimarães mudoumuito,contratouu­mbom treinador e bons jogadores. Está numa fase de transforma­ção. É uma equipa com identidade e a crescer”, considerou.

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Abel Ferreira já passou a mensagem aos seus jogadores com quem nem falou sobre a goleada da época passada

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