Montalegre coloca ralicrosse em tribunal
Calendário do Mundial Ralicrosse tem duas provas novas, o que implicou a saída de Portugal, apesar de haver um acordo assinado até 2022
Presidente da Câmara garante que vai colocar o promotor IMG em tribunal, pela quebra do contrato assinado em 2017. Impacto da prova tem sido de quatro milhões de euros por ano
A notícia caiu ontem em Montalegre como uma bomba. A pequena vila transmontana perdeu a prova do Mundial de Ralicrosse que anualmente vinha organizando e que será substituída por Abu Dhabi, que em 2019 fará a abertura do calendário (ver caixa).
O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, não se conforma coma decisão da IMG, empresa promotora do campeonato, e está já a reunir uma equipa de advogados para interpor uma ação num tribunal de Londres. “Acabámos todos por ser surpreendidos pela decisão da IMG, que é perfeitamente descabida. Vamos acionar os meios legais de que dispomos para fazer prevalecer os nossos direitos”, sublinhou Orlando Alves.
Segundo um estudo encomendado pela própria autarquia, a cada ano a prova tem um impacto de cerca de quatro milhões de euros na economia do concelho. Em 2019, entraria em vigor o acordo rubricado, com pompa e circunstância, em 2017, e que levou aquela câmara a investir 300 mil euros na melhoria das condições do paddock.
Ficou a faltar uma nova torre de controlo e uma enfermaria, compromisso que estava apalavrado para 2018, mas que não aconteceu “porque a IMG tem vindo a colocar entraves ao projeto”. “Percebemos agora que o fizeram de má-fé, para nos afastar”, acusa Orlando Alves.
A obra deveria custar um milhão de euros “mas só tinha de estar pronta em 2019”, segundo o contrato. Por isso, entende que as razões invocadas para a quebra do vínculo “não são válidas”.
O autarca espera agora uma reunião com a FPAK, para perceber que prova pode vir a substituir a do Mundial.
“Fomos surpreendidos pela decisão da IMG, que é perfeitamente descabida” Orlando Alves Presidente da Câmara de Montalegre