O Jogo

Nova claque azul quer fazer diferente

Os “Rapazes da Praia” são a primeira claque legalizada no emblema da Cruz de Cristo e oficializa­da pelo IPDJ antes do jogo com o Benfica

- FREDERICO BÁRTOLO

Festa, convívio e apoio inequívoco aos sub-23 e à formação da Liga NOS fora e no Jamor, este foi o mote para o projeto. Dizem ser um grupo sem fanatismos e um exemplo para afastar a violência no futebol

A dois dias do encontro com o Benfica foi dada a última garantia necessária para serem a primeira claque legalizada da história do Belenenses. O Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) autorizou oficialmen­te o grupo “Rapazes da Praia” como nova associação de adeptos. Tê mos estatutos aprovados e podem exibir tarjas no dérbi lisboeta. Agora, legalmente e como claque. Têm ido a todos os jogos fora e fazem a festa no Jamor. O nome deriva dos fundadores do clube, composto por gente operária, a raiz histórica dos azuis. A “Fúria Azul”, fundada em 1984, era o grupo mais representa­tivo do clube. E manteve-se com o clube na rivalidade com a SAD, apoiando as modalidade­s e a equipa dos distritais. Rita Teixeira Louro éap residente e explica aO JOGO a génese do novo projeto. “Com a mudança para o Jamor percebemos que a equipa da I Divisão não teria apoio organizado e juntámo-nos para fazer alguma coisa. É um orgulho sermos a primeira claque legalizada do clube. Não temos nada a temer, daí que quiséssemo­s estar legalizado­s. Vamos ser diferentes. Não estamos interessad­os em pirotecnia, sequer. Já recebemos mensagens de crianças e de pessoas com 80 anos a elogiarem-nos”, começa por dizer a estudante de Medicina Dentária de 25 anos. Fundadora, ao lado do irmão Tiago (35) e do amigo Carlos (39), Rita vai aos jogos desde os cinco anos, praticou natação no clube e responsabi­lizou-se pela burocracia para o IPDJ. Depois de ter feito parte da “Fúria Azul” salienta as mudanças. “Estive quando era pequena na claque. O meu irmão levava-me. Não tem a ver diretament­e com o Belenenses, mas não compreendo o escalar de violência no desporto. Nos “Rapazes da Praia”, é fantástico saber que recuperámo­s muitos adeptos”, realça, dizendo que chegar a 600 associados (têm 72 neste momento) até final da época seria “incrível”. “Para o Benfica, até já temos megafone”, conclui.

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“Rapazes da Praia”: a primeira claque legalizada da história do Belenenses

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