O Jogo

MÃO-CHEIA DE HAMILTON

GP do México de Fórmula 1 teve a festa do título, tal como há um ano. Max Verstappen venceu a corrida, mas os festejos do campeonato foram do britânico da Mercedes

- ANTÓNIO G. RODRIGUES

Apanhou Juan Manuel Fangio com cinco títulos mundiais e já aponta aos sete de Michael Schumacher. Teve problemas nos pneus que Sebastian Vettel e a Ferrari não conseguira­m aproveitar

Lewis Hamilton subiu ontem à galeria dos imortais da Fórmula 1, ao garantir a conquista do quinto título da carreira, graças ao quarto lugar no Grande Prémio do México, 19.ª e antepenúlt­ima prova da temporada, ganha por Max Verstappen, num Red Bull.

O dia pareceu um déja vu da corrida de 2017, que Verstappen também venceu, mas com Hamilton a festejar o título,mesmotendo­terminado na nona posição. Desta vez, mais do que difícil, a corrida “foi horrível” para o britânico, o último dos que terminaram na volta do vencedor. Os problemas do Mercedes começaram depois da primeira paragem nas boxes para troca de pneus, logo na 11.ª volta. Nessa altura, já Verstappen liderava confortave­lmente, depois de um arranque decidido, em que bateu o novo campeão no ombro a ombro.

Hamilton precisava de terminar apenas em sétimo, caso o rival Sebastian Vettel fizesse a sua parte e ganhasse. O alemão da Ferrari tinha, portanto de contar que mais pilotos se intrometes­sem entre ele e o Mercedes do britânico, mas a competitiv­idade da Fórmula

Lewis Hamilton voltou a festejar o título no México, entre os aplausos de 110 mil espectador­es 1 não dá para tanto. Daniel Ricciardo desistiu com o motor do Red Bull a fumegar, o que promoveu o agora pentacampe­ão a quarto. Daí para baixo, as diferenças para o líder já se mediam em voltas, pelo que a Ferrari, mesmo colocando dois carros no pódio, tinha o título perdido.

“Foi uma corrida horrível. Fiz um bom arranque, mas depois não sei o que aconteceu. Já só queria trazer o carro até final”, disse Hamilton nas entrevista­s do pódio. A segunda metade da prova foi um martírio para o piloto da Mercedes, que chegou a criticar os mecânicos por montarem “os pneus errados”. “Não é possível estar a perder um segundo por volta”, vociferou, pela rádio, numa altura em que Ricciardo se aproximava.

No final, com o ator Will Smith a felicitá-lo, nem uma palavra se ouviu por parte do piloto, que só quando saiu do carro deu largas à alegria. Aos 33 anos, Hamilton deu mais um passo rumo a um destino que já não está longe: ser o melhor piloto de F1 de sempre.

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