O Jogo

REFORÇOS COM PESO MÍNIMO NAS CONTAS

Segundo mais caro, Castillo fez só 8,5 por cento dos minutos possíveis: 87’ em 1024’. O melhor entre os atletas de campo é Gabriel, com 38,8 por cento de utilização

- MARCO GONÇALVES

Entre os jogadores contratado­s para 2018/19, só Vlachodimo­s se afirmou claramente. Ferreyra é o segundo que conta mais minutos, mas, com 505’ feitos em 1350’ possíveis, está bem longe do guardião

Última arma de Rui Vitória para tentar evitar a derrota com o Belenenses, Castillo, que fez no sábado a sua estreia no campeonato, é o maior exemplo da dificuldad­e que os reforços do Benfica para 2018/19, que custaram cerca de 30 milhões de euros, têm apresentad­o para se afirmar de águia ao peito. Contratado por praticamen­te oito milhões de euros (7,879 milhões) ao Pumas e até agora apenas com... 87 minutos, o camisola 30 não tem convencido o técnico encarnado, que lhe tem dado escassas oportunida­des, algo comum a praticamen­te todos os reforços contratado­s para 2018/19. A exceção é Vlachodimo­s, que se assumiu como indiscutív­el, relegando Svilar e Bruno Varela para segundo plano.

O camisola 99 foi utilizado em 88,2 por cento dos minutos possíveis, varrendo os registos dos restantes reforços (Ebuehi não entra nas contas devido à operação que o afastou das opções). E Castillo, o segundo mais caro, apenas atrás dos oito milhões pagos porGab ri el,é ocaso mais chocante no plantel encarnado, já que o avançado apresenta a pior taxa de utilização, tendo cumprido apenas 8,5 por cento dos minutos possíveis – esteve ausente cinco jogos por problemas físicos. E cada minuto disputado custa para já cerca de 90 mil euros ao clube.

Rui Vitória tem optado por recorrer sobretudo aos futebolist­as que faziam partejá do plantel da temporada passada, fazendo destes a base do onze inicial, algo que acaba por reduzir o espaço a atletas que le- varam a um forte investimen­to. O renascimen­to de Seferovic, que chegou a estar no mercado, tornou difícil a vida à concorrênc­ia, pois além de Castillo, o também reforço Ferreyra viu-se relegado para longe das primeiras opções, somando apenas 37,4 por cento dos minutos possíveis.

O mais caro de todos os reforços e o último a chegar, Gabriel, é aquele que, entre os jogadores de campo, tem merecido maior confiança, contabiliz­ando, no entanto, apenas 349 minutos em 900’ possíveis. Visto como uma solução importante para o Benfica versão 2018/19, o camisola 8 tem

enfrentado, porém, a concorrênc­ia de Gedson, promovido dos bês e que já leva 1261’ em 1530’ possíveis – 82,4 por cento de taxa de utilização.

Na defesa, os três reforços (Corchia, Conti e Lema) também não têm impression­ado Rui Vitória, que tem optado por manter a confiança em André Almeida, Rúben Dias e Jardel – pouco utilizados, os centrais argentinos praticamen­te só atuaram devido à indisponib­ilidade, por lesão ou castigo, dos colegas, enquanto o lateral só jogou na Taça da Liga.

Fora: retirado da análise fica apenas o lateral Ebuehi, ausente por largos meses

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