O REENCONTRO COM DJOKOVIC
João Sousa atingiu a segunda ronda do Masters de Paris e tem hoje pela frente o número dois do ranking ATP
No seu último torneio da temporada, o minhoto já igualou o desempenho de 2017 em Paris/Bercy – superou o qualifying e fez segunda ronda na melhor grelha – e agora vai encarar o sérvio pela sexta vez
Pelo quarto dia seguido e comprecisamentecincohoras de competição nas pernas, João Sousa terá hoje honras de horário nobre (início da noite), no Masters de Paris/Bercy, ou não lhe coubesse defrontar Novak Djokovic, vencedor de quatro edições do milionário (4,8 milhões de dólares) evento indoor da capital francesa. O sérvio está “fresquinho” e supermotivado para recuperar a liderança do ranking ATP, após vencer os últimos 18 encontros (títulos no US Open, Cincinnati e Xangai), para além de, no início da segunda metade da época, ter conquistado Wimbledon. O balcânico precisa de ultrapassar mais uma ronda do que Rafael Nadal em Paris, para destronar o espanhol da liderança.
No sexto confronto com Djokovic, João Sousa tem como primeiro objetivo roubar um set ao adversário, algo de que nunca foi capaz e, a par- tir daí, assumir o papel de outsider, sabendo que terá um “encontro muito exigente”, ante um jogador que conhece “muito bem” – chegaram a fazer juntos parte da pré-época 2015, em Monte Carlo – e apostado em “manter o bom nível e esperar para ver como as coisas se irão passar”, antecipou.
Para chegar ao 32.º encontro ante um jogador do top 10 (4 vitórias/27 derrotas), o vimaranense e 48.º mundial bateu, ontem, o italiano Marco Cecchinato (20.º), por 7-5 e 6-3. Foi a 11.ª vitória sobre um top 20 (quinta este ano), à custa de uma atuação em que foi superior nos momentos-chave (salvou um set point, a 4-5 da primeira partida), apoiandose num golpe de direita que levou uma pequeníssima, mas importante, alteração técnica para pisos duros, além da eficácia revelada nos jogos de serviço.
“Espero manter este bom nível no encontro com o Novak Djokovic”
João Sousa
48.º do ranking ATP