O Jogo

FEIRENSE-MARÍTIMO

SUADO Erros defensivos quase comprometi­am as aspirações portistas. Sérgio Conceição revolucion­ou o onze, mas foi obrigado a recorrer ao banco para ganhar

- bbb CARLOS GOUVEIA Textos

Varzim agradeceu as ofertas de Bazoer e Sérgio Oliveira e quase surpreende­u. Segunda parte mais agressiva e com critério na circulação justifica triunfo. João Pedro e Jorge não aproveitar­am a oportunida­de

O FC Porto acordou a tempo do pesadelo, mas não se livrou de um grande susto típico de noite de Halloween. O triunfo sobre o Varzim é justo porque na segunda parte Sérgio Conceição recorreu ao banco para dar agressivid­ade, critério e, sobretudo, cria ti vida deà equipa. Porém, os dois golos sofridos, e sobretudo a forma como eles foram consentido­s, deixaram muitos adeptos de cabelos em pé. Soares, Corona e Óliver entraram a tempo de remendar os erros de Sérgio Oliveira e o FC Porto cumpriu com a obrigação de ganhar à sua filial número um, passando para a frente do grupo na Taça da Liga.

Sérgio Conceição não repetiu um único jogador em relação ao onze que venceu o Feirense no domingo e esta revolução permitiu a estreia de Mbemba – deu boas indicações – e de Chidozie, mas também deu para confirmar por que razão João Pedro e Jorge raramente jogam. Salvou-se Otávio que ganhou ritmo depois da lesão e mostrou estar ao mesmo nível com que arrancou a época.

O início de jogo, porém, foi deprimente. A sucessão de passes errados eragrit ante eoVarzimfo is entin do-secada vez mais confortáve­l. Estrela e Jonathan perderam rapidament­e a vergonha e, aos poucos, empurraram os poveiros para aáre ade Vaná, aproveitan­do os sucessivos erros defensivos dos portistas. Antes de sofrer, porém, o FC Porto esteve muito perto de abrir o marcador, mas Emanuel fez duas grandes defesas a remates de Hernâni. A primeira travessura do Varzim surgiu logo a seguir em mais um lance de apatia e erros: Jorge perdeu a bola, Chidozie e Sérgio Oliveira os ressaltos e, depois, Bazoer ao tentar cortar ofereceu a bola a Jonathan, que faz um bom golo.

Sérgio Conceição irritou-se e mandou de imediato Marega, Óliver e Corona para o aqueciment­o num sinal de alerta para quem estava nas quatro linhas. O público também se impaciento­u e ouviram-se assobios após mais uma bola perdida pelo meio-campo. A equipa acusou os dois“toques” e, finalmente, aumentou a velocidade na circulação de bola. O resultado foi quase imediato: André Pereira acertou no poste e, logo a seguir, Bazoer empatou a partida.

Jorge já não regressou dos balneários, Hernâni foi para o seu lugar e Corona entrou para começar a encostar o Varzim às cordas. A ala direita passou a carburar e os remates sucederam-se. Adivinhava-se o segundo golo, mas a verdade é que Emanuel foi conseguind­o adiá-lo, obrigando Sérgio Conceição a recorrer a mais armas que tinha no banco. Soares entrou para acrescenta­r ainda mais presença na área e não precisou de muito tempo para faturar na sequência de um canto de Sérgio Oliveira. Na prática, essa foi a única ação positiva do médio numa noite de terror. Às várias perdas de bola que já tinha acumulado, acrescento­u, dois minutos passados, um passe incrível para trás – quando nem estava propriamen­te apertado – que deixou Haman isolado. O camaronês agradeceu e empatou. Foi a vez de Óliver entrar, mas foi outro espanhol a “inventar” o terceiro golo: Adrián ganhou a linha e cruzou para um golo a meias entre Soares e Payne. Ainda houve tempo para Corona soltar o seu génio e oferecer o 4-2 final a André Pereira.

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Corona vive um momento particular­mente inspirado
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